Queenstown: Aventura de Jet Boat e Rafting no Rio Kawarau

4.92

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Como é a experiência?

Segurando firme o corrimão gelado, vi meu reflexo no rio pouco antes do jet boat fazer uma curva fechada, nos molhando com gotas geladas. Nosso guia, Sam, sorria como se já tivesse feito isso mil vezes (provavelmente já tinha), gritando “segura!” por cima do barulho do motor. O Rio Kawarau passava rápido, entre tons de verde e pedras cinza-ardósia. Pensei que nunca tinha visto água tão cristalina — nem sentido o vento tão cortante no rosto. Minha amiga tentou filmar, mas acabou registrando mais as próprias risadas.

Paramos perto de uma margem rochosa onde outro grupo nos esperava com botes amarelos vibrantes. A troca do barulho do motor pelo silêncio do rio foi estranhamente relaxante — só o som dos remos e algumas risadas nervosas. Nosso novo guia, Li, distribuiu os wetsuits (“não se preocupem, todos ficam meio engraçados com eles”) e explicou as regras de segurança com uma paciência que eu queria que meu antigo treinador de natação tivesse. A primeira corredeira parecia tranquila até a gente entrar nela — de repente, estávamos todos gritando instruções, molhados por ondas que tinham um gosto meio mineral e selvagem.

Fiquei hesitante na parte do salto do penhasco — Li riu quando tentei dizer “vou eu primeiro” em mandarim (com certeza errei feio). Alguns adolescentes locais mostraram como se faz; parecia fácil para eles. Depois daquela adrenalina, remar pelas corredeiras Dog Leg foi como voar de lado — até agora meus braços doem só de lembrar. Terminamos ensopados e animados, subindo de volta para a base para um banho quente e trocar histórias com gente de Auckland e Melbourne. Ainda não decidi se gostei mais do jet boat ou do rafting — acho que precisa dos dois para entender o que é Queenstown.