El Yunque: Tobogãs Naturais, Mergulhos e Guia Local

5.00

(66 avaliações)

Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi foi o som—uma mistura de água correndo e risadas ecoando entre as árvores. Mal saímos da van, nosso guia José já nos entregou água e sorriu como se já soubesse o que nos esperava. O ar estava pesado, não só úmido, mas cheio de vida, com cheiro de verde e aquela umidade da terra molhada depois da chuva (mesmo sem ter chovido ainda). Tentei manter meus tênis limpos por uns dois minutos antes de desistir—lama faz parte do pacote aqui.

A caminhada pelo Parque Nacional El Yunque não foi longa—uns 25 minutos—mas já me fez perceber como estou fora de forma. José apontava plantas com nomes que eu nem conseguia pronunciar (tentei uma vez; ele riu) e contava histórias sobre os espíritos da floresta. Teve um momento em que o sol atravessou a copa das árvores e iluminou a água à frente, parecia até coisa de filme. Chegamos na piscina e, de repente, todo mundo ficou em silêncio por um instante—só ouvindo a água deslizar pelas pedras lisas.

Não achei que fosse encarar o tobogã natural, mas a pressão do grupo é real quando todo mundo torce por você. A pedra estava fria e escorregadia nas minhas mãos. Daí, num instante, eu estava voando para dentro da piscina—saí engasgando, mas rindo tanto que a barriga doía. Alguns pularam do penhasco (eu não), outros se balançaram na corda como crianças no acampamento de verão. É estranho como você esquece do celular e até da hora quando está simplesmente ali, vivendo o momento.

Depois voltamos na trilha, enlameados e felizes (minhas pernas ainda doem), e paramos num lugar que o José indicou para almoçar—só dinheiro vivo, então já fica avisado. Os plátanos fritos estavam melhores do que qualquer coisa que já comi em casa; talvez fosse a fome ou o tempero porto-riquenho mesmo. De qualquer jeito, ainda lembro daquela vista da piscina às vezes—ela aparece do nada quando estou preso no trânsito ou vendo fotos tarde da noite.