Fajardo: Passeio de Vela e Snorkel com Almoço de Churrasco

4.94

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Como é a experiência?

Eu não esperava que a água fosse tão azul — parecia até irreal, como se alguém tivesse aumentado a saturação na TV. Encontramos nosso guia na Marina Puerto del Rey pouco antes das nove (eu estava nervoso achando que iríamos nos atrasar, mas descobri que “horário de ilha” é real). O catamarã Janise Lagoon parecia maior do que eu imaginava, e a tripulação — queria lembrar os nomes de todo mundo — já brincava com a gente antes mesmo de sair do cais. Alguém me entregou uma bebida gelada na hora. Aquele primeiro vento salgadinho no rosto me fez simplesmente... relaxar de vez.

A vela até Piñeros levou cerca de uma hora. Eu me estiquei na rede de trampolim na frente — dá para sentir cada respingo embaixo dos pés, que ficam passando pelas cordas. Nosso guia apontou Palomino lá longe, contando histórias dos pescadores locais que ainda trazem o peixe ao amanhecer (tentei imaginar; só conseguia ver o sol brilhando na água). Quando ancoramos perto do recife, ficou um silêncio só, com o som das gaivotas e risadas enquanto a galera ajeitava as máscaras de snorkel. O mar do Caribe aqui é quentinho, mas não quente demais — na medida certa para despertar quando você entra.

Não sou muito bom nadador, mas flutuar sobre aqueles corais foi mais fácil do que eu pensava. Vi um peixe-papagaio mordiscando algo roxo — talvez coral? Não faço ideia. A tripulação ficava checando se precisávamos de ajuda ou mais petiscos; parecia estar com amigos que realmente sabem o que fazem. O almoço foi frango grelhado com arroz amarelo feito ali mesmo (o cheiro chegou antes dos pratos). Teve até uma mini aula de cozinha; Li riu quando tentei falar “sofrito” em espanhol — acho que estraguei a palavra.

Depois de comer salada e frutas demais, alguns ficaram esticados na boia em formato de folha de lírio, outros voltaram para mais um mergulho. Eu só fiquei deitado vendo as nuvens passarem pela costa de Fajardo, pensando como tudo parecia tão tranquilo comparado a San Juan. No caminho de volta, com sangria na mão e o sol já queimando os ombros — ainda lembro daquela vista do catamarã. Não sei se cansa de tanto azul assim.