Sete Cidades & Lagoa do Fogo: Passeio com Almoço e Transfer

4.84

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Como é a experiência?

Já estávamos subindo a estrada da montanha quando nosso guia, Rui, parou em um mirante — ele chamou de Vista do Rei. Eu ainda mexia na câmera quando aquela primeira vista de Sete Cidades me pegou de surpresa: os lagos gêmeos, azul e verde, divididos por uma ponte estreita. O ar cheirava a grama molhada e eucalipto. Rui contou a lenda dos lagos (algo sobre um amor proibido — confesso que perdi parte porque fiquei hipnotizado com a paisagem). Dá pra ouvir vacas lá embaixo. Paramos em vários mirantes — alguns silenciosos, só com o vento e os pássaros, outros com velhinhos batendo papo em português perto dos carros. É engraçado como a gente começa a reconhecer rostos mesmo num passeio rápido saindo de Ponta Delgada.

A van desceu até a beira da água. Saímos perto da margem — o barro fazia barulho nos meus tênis — e ficamos ali um tempo. Tentei falar “Sete Cidades” direito; Li riu quando eu errei feio (desculpa, Rui). Tomamos um café numa cafeteria minúscula antes de subir de novo pela Mata do Canário, onde tudo parecia mais antigo e suave — árvores cobertas de musgo e aquele cheiro de terra molhada depois da chuva. O almoço chegou na hora certa: pratos fartos de cozido com pão fresquinho num restaurante em Ribeira Grande. Não sou muito de sobremesa, mas aquele doce de abacaxi? Ainda penso nele.

Depois do almoço, caminhamos pelas ruas antigas de Ribeira Grande — azulejos azuis nas paredes brancas, roupas estendidas nas varandas. Depois veio a subida para a Lagoa do Fogo. As nuvens baixas cobriam a borda da cratera; às vezes só se via neblina, e de repente o lago aparecia lá embaixo como um segredo. Todo mundo ficou em silêncio por um instante — não sei explicar, mas aquela vista mexe com a gente. No caminho de volta, paramos na praia de Santa Bárbara; a areia preta grudou nos meus pés e tinha surfistas além das ondas. Ficamos observando até o Rui chamar a gente de volta para a van.