Punta Cana: Passeio de Buggy e Praia de Macao com Cenote

4.07

(44 avaliações)

Como é a experiência?

Eu ainda tinha lama nos tênis quando chegamos à Praia de Macao — e, pra ser sincero, nem ligava. A manhã começou com o ronco dos motores e uma rápida explicação do nosso guia, Rafael, que sorria como se já soubesse o quanto íamos nos sujar. Dirigir o buggy foi uma aventura, pulando em buracos e passando por poças que cheiravam a terra molhada e cana-de-açúcar. Em um momento, me peguei rindo alto enquanto a água espirrava no meu rosto (minha camiseta nunca secou depois disso).

Paramos numa casinha escondida entre coqueiros onde Rafael nos apresentou à tia dele — ou talvez fosse a tia de todo mundo, não dava pra saber. Ela nos serviu xícaras pequenas de um café tão forte que fez meus olhos lacrimejarem, e explicou como torram o cacau e enrolam charutos ali mesmo. Tentei falar “mamajuana” e acabei atrapalhando; Rafael só balançou a cabeça e me serviu um gole mesmo assim. Queima, mas de um jeito bom.

A próxima parada foi a caverna — o ar fresco bateu na pele assim que descemos. A água parecia quase preta de longe, mas quando chegamos perto, revelava um azul-esverdeado intenso sob as pedras. Hesitei antes de pular (é mais fria do que parece), mas quando você entra, não quer sair mais. O eco das vozes batendo nas paredes de pedra ficou comigo por horas depois que saímos.

Voltando pelo interior, com o vento secando a lama que ainda grudava nos braços, percebi que não tinha olhado o celular nenhuma vez o dia todo. Tem algo nessa mistura de barulho e silêncio — o jeito que os locais acenam quando passamos, ou como o cheiro do mar gruda na pele mesmo depois de se secar na Praia de Macao — que faz Punta Cana parecer mais real do que qualquer cartão-postal.