Arusha a Serengeti e Ngorongoro: Safari Privado de 5 Dias com Transfer

4.99

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Como é a experiência?

A primeira coisa que me marcou foi o cheiro — terra seca misturada com um aroma doce vindo das árvores baobá, enquanto chegávamos em Tarangire. Nosso guia, Daniel, sorriu quando perguntei se os elefantes sempre bloqueiam a estrada assim (pelo visto, sim). O almoço no lodge era simples, mas gostoso — arroz com frango — e lembro de ver macacos vervet se arriscando perto das janelas. O ar parecia pesado, mas de um jeito que faz você desacelerar e prestar atenção em tudo ao redor. Não esperava rir tanto em um safari, mas Daniel tinha uma história para cada animal que aparecia.

Depois fomos para o Lago Manyara — tão verde depois dos tons dourados de Tarangire. Os flamingos pareciam um borrão rosa de longe, quase surreal. Paramos perto do lago dos hipopótamos, onde dava para sair do carro (fiquei na dúvida, mas todo mundo saiu). Teve um momento em que uma girafa ficou nos olhando por um tempo que pareceu eterno — meio estranho, mas mágico. O passeio de um dia saindo de Arusha para o Lago Manyara me fez perceber como esses lugares selvagens são perto da cidade. Mais tarde, no Suricata Boma Lodge, o jantar tinha um sabor defumado e intenso — talvez por eu estar cansado, ou porque tudo aqui parece maior.

A viagem até o Serengeti, passando por Karatu, parecia não ter fim — só planícies que se estendem sob um céu que não decidia se ia chover. O carro do safari sacudia nas estradas de terra enquanto Daniel mostrava leões descansando na sombra das acácias (“reis preguiçosos”, como ele dizia). Aquela tarde de game drive ficou gravada na minha memória: gnus por todos os lados, levantando poeira que parecia fantasma atrás deles. No lodge com tendas, à noite, adormeci ouvindo as hienas uivando não muito longe. É engraçado como a gente se acostuma rápido com isso.

Na última manhã na cratera de Ngorongoro, acordei cedo — o café era tão forte que quase me derrubou. Descer até o fundo da cratera foi surreal; a névoa cobria tudo e de repente vimos zebras bem perto. Observamos leões de longe enquanto Daniel explicava como é difícil encontrar leopardos (“você precisa de paciência — e um pouco de sorte”). Ao meio-dia, já estávamos voltando para Arusha, cansados, mas com aquela energia estranha que só a natureza dá. Ainda pensando nessas planícies sem fim até agora.