Pamukkale: Voo de balão ao nascer do sol com champanhe e transfer

4.46

(54 avaliações)

Como é a experiência?

Confesso que fiquei nervoso quando a cesta do balão rangeu sob meus pés — não era medo exatamente, só aquela ansiedade estranha que bate antes de algo grande acontecer. O céu sobre Pamukkale ainda estava tingido das cores do amanhecer, e nosso piloto (acho que o nome dele era Cem? Ele tinha um jeito tranquilo de explicar tudo) sorriu enquanto acionava os queimadores. O calor no meu rosto era um alívio na manhã fria. Eu sentia um cheiro doce e mineral no ar — talvez vindo das piscinas termais lá embaixo.

Subimos mais alto do que eu esperava. Lá de cima, as famosas piscinas brancas pareciam quase surreais — como se alguém tivesse derramado leite na encosta e deixado secar ao sol. Cem apontou para Hierápolis ali do lado; disse que a avó dele o trazia para cá quando era criança. Outros balões flutuavam perto, mas o silêncio predominava, só quebrado pelo som ocasional do fogo e sussurros ou risadinhas baixas. Tentei tirar uma foto, mas nenhuma conseguiu captar a sensação estranha e tranquila daquele momento.

A aterrissagem foi mais turbulenta do que imaginei (alguém até comemorou quando pousamos), mas logo nos ofereceram taças de champanhe e todo mundo relaxou de novo. Minhas mãos ainda tremiam um pouco — não de medo, mas de adrenalina ou empolgação. Ganhei um certificado com meu nome; meio brega, mas guardei com carinho. O caminho de volta ao hotel foi silencioso — cada um olhando a paisagem como se tivéssemos compartilhado um segredo. Até hoje, quando o barulho toma conta, lembro daquela vista.