Da Lat a Nha Trang: Tour de Moto Easy Rider com Guia Local

4.92

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Como é a experiência?

Já estávamos quase no meio daquela estrada sinuosa saindo de Da Lat quando o ar mudou — ficou mais fresco, mais nítido, e com aquele cheiro de terra molhada que só se sente nas terras altas depois da chuva. Nosso guia, Tuan, parou perto de uma plantação de café e sorriu: “Quer experimentar?” Assenti, sem saber bem o que esperar. O café Robusta era forte o suficiente para despertar até os ossos, mas, pra ser sincero, foi o vinho de arroz caseiro na próxima parada que quase me derrubou. Tem algo especial em beber com uma família local na cozinha — só risadas ecoando pelas paredes e aquele aroma doce do arroz fermentando no ar.

A viagem em si — bem, nem sempre foi tranquila. Às vezes, a estrada desaparecia em meio à poeira vermelha e flores silvestres. Paramos na Cachoeira do Elefante (não dava pra chegar muito perto, pois está fechada), mas do templo Linh An lá no alto, dava pra ouvir o rugido e ver a névoa subindo entre as árvores. Tuan apontou a estátua da Lady Buddha — 74 metros de altura — e contou histórias dos monges budistas que meditaram ali por dias. Até hoje lembro do silêncio daquele lugar, só o vento puxando minha jaqueta e as bandeiras de oração estalando no ar.

Na manhã seguinte, acordamos cedo — tipo 6h da manhã — para um passeio de canoa escavada no Lago Lak. A água estava lisa como vidro, só quebrada pelos remos entrando e saindo; perto dali, um galo cantava e a fumaça das fogueiras do café da manhã subia na vila M’nong. Depois, nadamos sob a Cachoeira Dray Sap (gelada pra valer), fizemos um piquenique com baguetes de frango fresquinhos comprados numa barraquinha do mercado, e seguimos por fazendas de cogumelos e plantações de borracha até chegar em Nha Trang no fim da tarde. Três dias voaram, mas cada momento foi real — lama nas botas, suco de cana grudado nas mãos, cabelo bagunçado pelo capacete e tudo mais.