Delta do Mekong: Passeio de Barco, Frutas e Pagoda Vinh Trang

4.92

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Como é a experiência?

O dia começou cedo — pra ser sincero, eu ainda estava meio sonolento quando nosso guia, Minh, acenou para a gente na frente do hotel no Distrito 1. A viagem até My Tho durou cerca de duas horas, mas passou rápido; Minh contou histórias da infância dele perto do rio e apontou detalhes pelo caminho — como aquelas pequenas barracas de café com banquinhos de plástico. Quando finalmente chegamos ao píer, o ar estava mais denso e doce, como grama cortada misturada com algo açucarado. Eu não esperava que o rio fosse tão largo. Entramos em um barco a motor e passamos por fazendas de peixes flutuantes e famílias acenando de suas casas de madeira. A ponte Rach Mieu parecia enorme lá em cima — tentei tirar uma foto, mas a lente da câmera embaçou com a umidade.

Primeira parada foi na ilha Con Lan. Tinha uma fazenda de abelhas escondida sob as árvores — Minh me entregou um copo de chá de mel que tinha um sabor floral e quentinho (clássico, derramei um pouco na camisa). Eles nos deixaram provar lichia e rambutan fresquinhos enquanto um grupo tocava música tradicional do Sul ali perto. É difícil explicar como aquilo tudo era tão tranquilo — a música se misturando com o canto dos pássaros e as conversas em vietnamita. Aí veio minha parte favorita: entrar em um barco a remo para navegar por aqueles canais estreitos e sombreados. A água era meio marrom, mas calma, e eu ficava me abaixando para não bater nos galhos baixos enquanto o remador sorria das minhas tentativas desajeitadas de remar.

Depois, pegamos um carrinho elétrico para passear pelos pomares — manga por toda parte — e voltamos para o barco maior rumo a Ben Tre. O forno de doce de coco exalava cheiro de açúcar queimado (no bom sentido) e nos deixaram provar pedaços direto da produção. O almoço foi simples, mas delicioso — arroz, peixe frito e uma sopa levemente azeda. Sentei ao lado de um casal mais velho de Hanói que brincava com meu jeito de usar os hashis (sou péssimo). No meio da tarde já estava todo pegajoso de suor, mas nem ligava mais.

A última parada foi na Pagoda Vinh Trang — um templo branco brilhante cercado por bonsais e budas dourados. Minh explicou alguns símbolos budistas, mas principalmente nos deixou explorar em silêncio. Tinha monges cantando em algum lugar fora da vista. Lembro de estar naquele pátio sentindo uma paz estranha depois de toda a agitação de Ho Chi Minh. A volta foi rápida — acho que até cochilei um pouco — e, mesmo semanas depois, ainda penso naquele passeio lento de barco sob as folhas verdes.