Sapa e Vila Cat Cat: Trekking de 2 Dias com Guia Local

4.88

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Como é a experiência?

Saímos de Hanoi antes do sol nascer, ainda meio sonolentos e segurando café, e juro que a cidade parecia estar acordando devagar também. A viagem de ônibus para o norte foi longa, mas não cansativa — neblina nas janelas, paradas rápidas para um chá forte, e de repente Sapa surgiu com suas cores vibrantes e o ar gelado. Nosso guia, Minh, nos esperava na estação. Ele me entregou uma toalhinha quente (detalhe simples, mas parecia um presente depois de seis horas na estrada) e apontou para as mulheres H’mong tecendo à beira do caminho enquanto fazíamos o check-in no hotel. O almoço foi uma tigela fumegante de algo que eu não consegui pronunciar — Minh riu quando tentei — mas o sabor era terroso e acolhedor.

Naquela tarde, seguimos para a Vila Cat Cat. O caminho estava lama em alguns trechos (devia ter escutado sobre usar o calçado certo), serpenteando por cercas de bambu e crianças pequenas acenando das portas. Minh explicou como o povo H’mong Negro pinta as mãos de azul-escuro com índigo — ele mostrou as palmas das próprias mãos como prova. Em um momento, paramos perto de uma cachoeira onde dava para ouvir só o som da água e dos pássaros por um instante; não esperava esse silêncio tão perto de outros turistas. O jantar na cidade de Sapa foi animado — alguém tocava violão na rua embaixo da nossa janela enquanto comíamos arroz pegajoso e carne de porco grelhada.

No dia seguinte, começamos cedo de novo (Sapa parece funcionar no ritmo da montanha). Depois do café, partimos para Y Linh Ho, Lao Chai e depois Ta Van — essa parte é mais longa, cerca de nove quilômetros entre terraços de arroz que parecem surreais na luz da manhã. Minhas pernas queimavam no meio do caminho, mas ver os moradores Dzay cuidando dos campos ou acenando das varandas me dava força. Minh contou histórias da infância ali perto; dava para sentir o carinho dele por aquelas montanhas. Terminamos com botas enlameadas e cartões de memória cheios — além de um banho rápido no hotel antes de embarcar no ônibus de volta. Ainda penso naquela vista do vale quando tudo está silencioso aqui.