Knysna: Aventura de Zipline no Desfiladeiro e Vista de Kranshoek

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Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi não foi a altura — foi o som. Os cabos vibravam com o vento sobre Kranshoek, e lá embaixo alguém soltou um grito que ecoou pelas falésias. Nosso guia, Sipho, sorriu ao me entregar o capacete (“Fica tranquilo, todo mundo fica meio engraçado com isso,” ele disse). Eu sentia o cheiro de agulhas de pinheiro pisadas e algo fresco no ar — talvez o spray do mar vindo de algum lugar bem lá embaixo.

Não esperava que minhas mãos suassem tanto ao prender no primeiro cabo. É realmente um dos ziplines mais longos da África do Sul — de lá de cima dá pra ver quase toda a vegetação verde de Knysna, o que é impressionante se você, como eu, não é fã de altura. O arnês ficou firme e seguro, e o Sipho conferiu tudo duas vezes antes de me empurrar devagar. Naquele primeiro impulso, meu estômago pareceu despencar até os pés. Mas depois de alguns segundos voando sobre o desfiladeiro, com o vento batendo no rosto e as árvores passando rápido lá embaixo, comecei a rir. Não teve jeito.

Fomos cruzando o desfiladeiro por cabos diferentes, cada um mais alto ou mais longo que o anterior. No terceiro cabo, parei de pensar em qualquer coisa, só sentindo o quão pequeno eu era naquele espaço enorme. Em um momento, começou a chover — só uma garoa leve — e nos entregaram capas de chuva. O plástico grudou nos meus braços, mas eu mal percebi; estava ocupado demais vendo as nuvens se prenderem nas falésias e tentando acenar para as pessoas que esperavam a vez lá embaixo. Alguém tentou gritar algo em africâner (acho eu), mas o vento levou.

Depois sentamos no ponto de piquenique com água mineral, pernas bambas e sorrisos bobos. O Sipho contou sobre a infância ali perto e como ainda fica nervoso antes da primeira descida do dia. Isso me deixou mais tranquilo com meu próprio medo. Fico pensando naquela vista lá do alto — ela fica com você por mais tempo do que imagina.