Safári no Kruger saindo de Hoedspruit: Passeio em Veículo Aberto com Pickup

4.94

(187 avaliações)

Como é a experiência?

Mal lembro que horas eram quando saímos de Hoedspruit — ainda escuro, um friozinho gostoso e aquele silêncio que deixa ouvir até o som dos seus passos na terra. Nosso guia, Thabo, chegou na hora certinha e sorriu ao ver minha jaqueta meio aberta. “Logo vai esquentar,” ele disse. O veículo aberto parecia cena de filme — laterais de lona enroladas, bancos que, apesar do visual simples, eram surpreendentemente confortáveis. Tinha água mineral esperando por nós (esqueci a minha), que mais tarde foi essencial.

Seguimos em direção ao portão do Kruger enquanto o sol começava a aparecer entre as árvores. Não esperava aquele cheiro — capim seco misturado com um aroma doce que não consegui identificar. Thabo ficava atento às pegadas e apontava pássaros que eu jamais teria notado sozinho (um tinha o peito azul neon; tentei fotografar, mas perdi o clique). Quando finalmente entramos no Kruger, a sensação de imensidão era difícil de explicar. Vimos os primeiros elefantes — dois adultos e um filhote atravessando a estrada tão devagar que nos deixou em silêncio. É estranho como, cercado de desconhecidos, você sente que está vivendo algo só seu.

Houve longos momentos em que nada acontecia, só o vento e o zumbido baixo dos insetos. Thabo contou como muita gente vem de longe só para tentar ver leões ou rinocerontes — às vezes dá sorte, às vezes não. Ele riu quando perguntei se já se cansava disso tudo (“Nunca,” respondeu, “mas me pergunte de novo depois de 30 anos”). Em certo ponto, paramos perto de um rio; até hoje lembro da luz batendo na água e de como todos ficaram ali, em silêncio, por um minuto ou dois. Esse silêncio ficou mais marcado em mim do que qualquer lista de animais vistos.