Port Douglas: Pesca Esportiva no Recife e Estuário em Grupos Pequenos

4.58

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Como é a experiência?

Já estávamos navegando além da Marina de Port Douglas quando percebi o sabor do ar da manhã — não era salgado forte, mas suave, quase doce. Nosso guia, Mick, falava da Grande Barreira de Corais como se fosse um velho amigo. Ele me entregou uma vara que parecia mais pesada do que eu esperava. “Não se preocupe, você vai se acostumar”, sorriu. O barco ronronava sob nós enquanto cortávamos a entrada rumo ao mar aberto. Éramos só cinco mais o Mick, então nunca ficou apertado — espaço suficiente para cotovelos e risadas baixas.

Confesso que não esperava gostar tanto de pescar. Talvez fosse o ritmo — lançar, esperar, ouvir a água batendo no casco. Ou talvez ver o Mick nos mostrar como preparar a isca como se nunca fosse a primeira vez (mas com certeza já tinha feito isso mil vezes). Quando alguém fisgou o primeiro peixe — um brilho prateado sob o sol — todos vibraram, e até o Mick parecia feliz de verdade. Tem algo em segurar um peixe que você acabou de tirar do recife que deixa a gente orgulhoso e meio sem jeito ao mesmo tempo.

Passamos parte do dia navegando pelo Dickson’s Inlet também, onde os manguezais se apertam e dá pra sentir cheiro de lama e folhas assando no sol. Tentei perguntar os nomes locais de alguns peixes; a Li riu quando tentei falar um em mandarim — provavelmente estraguei tudo. As horas passaram nessa névoa quente de Queensland. Em um momento, só fiquei olhando o sol brincar na água enquanto alguém puxava outro peixe. Não é tanto sobre quantos peixes você pega — embora a gente tenha ido bem — mas esses pequenos momentos entre as fisgadas. Ainda lembro daquela vista às vezes.