Viena: Tour nas Caves Schlumberger e Degustação de Espumante

4.68

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Como é a experiência?

Eu me perdi no caminho para as caves Schlumberger — clássico comigo, pegando o tram errado em Viena. Quando finalmente achei a entrada (fica numa rua tranquila, bem discreta), a moça do bar sorriu e me entregou o ingresso como se aquilo fosse rotina. O lugar já tinha um cheiro leve de fermento e algo gelado, quase mineral — sabe aquele friozinho de subterrâneo? Meu alemão é péssimo, então peguei um audioguia em inglês e me juntei a um grupo pequeno para o tour pela adega.

Nosso guia, Stefan, era daqueles que conseguem deixar até as prateleiras de garrafas interessantes. Ele mostrou como fazem o “remuage” manual — girando as garrafas com jeitinho nessas estruturas de madeira antigas. Eu tentei também e quase deixei cair uma (Stefan riu e disse que acontece). Tem um eco nos túneis que faz você sentir que está num lugar muito mais antigo que 1842. Em um momento, ele nos deixou sentir o cheiro das borras numa garrafa aberta — um aroma meio de noz e ácido, bem diferente do que eu esperava num espumante.

A melhor parte pra mim foi simplesmente ficar ali com uma taça do brut clássico, sentindo as primeiras bolhas depois de toda aquela explicação de como elas surgem. O sabor era mais vibrante do que eu imaginava — talvez por estarmos bem onde ele é feito? As pessoas ao redor conversavam em alemão e francês; um casal mais velho brindava baixinho num canto. A luz ali embaixo é amarelada e suave, deixando todo mundo com um ar meio sonhador. Ainda lembro daquele primeiro gole toda vez que escuto uma rolha estourar em casa.