Antuérpia: Tour Privado pelos Destaques da Cidade com História e Rubens

4.91

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Como é a experiência?

Já estávamos no meio da Grote Markt quando nosso guia, Pieter, acenou para que nos aproximássemos. Caía uma garoa fina — nada demais, só aquele chuvisco típico belga que faz o paralelepípedo brilhar. Ele apontou para a Fonte Brabo e perguntou se já tínhamos ouvido a lenda da mão do gigante. Confesso que não. A história era mais incrível do que eu imaginava — sobre coragem e o motivo de Antuérpia ser chamada de “jogar a mão”. Gostei de como o Pieter não tinha pressa; deixou a gente admirar as casas das guildas, com seus detalhes dourados refletindo o pouco sol que havia.

Entre a antiga Bolsa e a Hendrik Conscienceplein, comecei a notar como o silêncio domina longe das ruas principais. Você escuta o eco dos seus próprios passos. Entramos na Vlaeykensgang — uma viela medieval que você jamais encontraria sozinho — e sentiu um leve cheiro de fumaça de lenha vindo da janela de alguma cozinha. Era como voltar alguns séculos no tempo (menos pelo celular apitando perto). No bairro dos designers, Pieter sorriu quando tentei falar “MoMu” — Li também riu; pelo visto, eu falei errado. O museu de moda parecia sério por fora, mas dava para ver flashes de cores através do vidro.

Não esperava me encantar tanto pela casa de Rubens. Tem algo estranho em estar no lugar onde ele pintava — parece que você está invadindo o espaço de um gênio ou, quem sabe, só a vida comum com uma luz melhor. As paredes carregam histórias; Pieter contou como Rubens gerenciava seu ateliê como uma empresa, o que me fez pensar mais em estúdios modernos do que em mestres antigos. E no Museu Plantin-Moretus, aquele cheiro de papel antigo — quase doce — me atingiu assim que entramos. Fica na memória.

O passeio terminou perto da catedral, cuja torre sumia nas nuvens baixas. Pieter nos deu dicas de cafés e onde provar waffles de Antuérpia (ainda sonho com eles). Ficamos ali um pouco mais do que o necessário — não estávamos prontos para ir embora.