Praia de Cumbuco: Passeio de Buggy, Frutos do Mar e Piscinas

4.89

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Como é a experiência?

A primeira coisa que me vem à mente é a luz — aquele brilho forte e branco refletindo nas dunas quando chegamos à Praia de Cumbuco. Nosso motorista, João, tinha um jeito simples de mostrar detalhes que a gente nem percebe pela janela: kitesurfistas ao longe, moradores vendendo queijo coalho na brasa (provei um — salgado e com aquele barulhinho característico). O ar tinha cheiro de protetor solar e camarão frito. Não esperava ver tantas famílias já se divertindo na piscina às 10 da manhã, mas lá estavam, crianças gritando toda vez que alguém pulava de bomba.

O passeio de buggy era o assunto do dia. Já tinha visto fotos, mas nada se compara a segurar firme no banco e sentir o sobe e desce da areia sob as rodas — meu amigo gritou tão alto que o guia riu e perguntou “sem emoção?”, que é tipo “sem emoção?” (ele estava brincando — emoção não faltou). Paramos numa lagoa de água doce no meio do caminho; a água era tão gelada que dava até um choque. Uns adolescentes desciam de tirolesa direto na lagoa. Eu só fiquei ali na beira, com os pés enterrados numa areia quase quente demais para encostar.

O almoço foi ali mesmo, na praia — cadeiras de plástico, dedos enterrados na areia quente. Pedimos um trio de frutos do mar que o João indicou (camarão, peixe e caranguejo) e veio tudo fumegando. Tinha uma brisa vinda do mar e tudo parecia mais gostoso depois de tanto sol. Tentei pedir outra cerveja em português; a Li riu quando eu atrapalhei toda a pronúncia. Então, não foi meu melhor momento com o idioma, mas ninguém se importou.

Até hoje lembro do silêncio que caiu por um instante depois do almoço — só o som das ondas e risadas distantes do parque aquático ao lado. É engraçado como um dia pode parecer tão cheio sem precisar de nada complicado. No fim da tarde, estávamos todos meio sonolentos no caminho de volta para Fortaleza, queimados de sol, cheios de areia e desejando ter ficado só mais uma horinha.