Phnom Penh: Tour pelos Killing Fields e Museu do Genocídio S21 com Transfer

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Como é a experiência?

O que mais me chamou atenção foi o silêncio — não aquele silêncio tranquilo, mas um peso no ar, como se ninguém soubesse bem como agir. Nosso motorista nos buscou logo depois do café da manhã em Phnom Penh, e, para ser sincero, fiquei quieto no caminho até Choeung Ek. A cidade foi ficando para trás rápido. Lá fora, o ar parecia mais denso. Quando descemos nos Killing Fields, o som dos meus passos sobre o cascalho e folhas secas era o único ruído. Nosso guia, Dara, falava baixo ao apontar para uma árvore onde algo terrível aconteceu — ele não apressava nem suavizava a história. Um leve cheiro de incenso vinha de algum lugar próximo; alguém devia ter deixado uma oferenda antes.

Eu já tinha lido sobre o Khmer Rouge, mas estar diante daqueles cemitérios coletivos… é outra coisa. Dara contou sobre o tio dele que desapareceu naquela época — fez uma pausa, e dava para ver que ainda doía. Ele nos mostrou a estupa cheia de crânios; precisei desviar o olhar por um momento. A expressão “tour pelos Killing Fields” é comum, mas, honestamente, nenhuma palavra prepara você para aquele lugar. No caminho de volta para Phnom Penh, o silêncio voltou, só Dara falava, perguntando se queríamos água ou conversar.

O Museu do Genocídio Tuol Sleng (S21) já foi uma escola — ainda dá para ver os números das salas pintados acima das portas. Hoje, tudo é arame farpado e celas minúsculas de tijolos. Nas paredes, fotos de pessoas que nunca saíram dali; peguei o olhar numa foto por mais tempo do que devia. Dara explicou que alguns sobreviventes voltam todo ano para lembrar dos amigos. Teve um momento em que uma mulher local passou e assentiu para mim — não era um sorriso, era como se ela entendesse o porquê da nossa visita.

Ainda penso naquele último corredor, com a lâmpada piscando e os azulejos quebrados no chão. Se você quer entender a história recente do Camboja ou fazer um passeio de um dia saindo de Phnom Penh que realmente tenha significado, esse é o caminho. Não é fácil, mas é essencial — e a sinceridade do Dara fez toda a diferença.