Hong Kong: Tram do Pico, Almoço Dim Sum e Passeio pela Cidade

4.74

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Como é a experiência?

Eu não esperava que a Escada Rolante Central–Mid-Levels fosse tão longa — parecia uma passarela móvel da vida urbana. Nossa guia, Ada, apontava pequenas lojinhas de macarrão escondidas sob letreiros de neon, e eu senti aquele cheiro de frutos do mar secos ao chegarmos em Sheung Wan. Não é o aroma típico do meu café da manhã, mas de algum jeito combinava. Ada riu quando perguntei sobre a receita das vieiras secas — prometeu mostrar pra gente depois, e cumpriu.

Entramos no Templo Man Mo bem na hora em que as espirais de incenso enchiam o ar acima de nós. Estava mais silencioso do que eu imaginei; só o tilintar suave das moedas e algumas orações sussurradas. A luz dentro do templo deixava tudo dourado e enevoado. Tentei ler um dos palitos da sorte (sem sucesso), mas Ada explicou que as pessoas vêm aqui antes de provas ou decisões importantes — foi estranho, mas reconfortante, mesmo eu não sendo supersticioso.

O almoço foi um dim sum num lugar que parecia simples por fora, mas tinha garçons à moda antiga que conheciam todo mundo. Os bolinhos de camarão estavam quentes e escorregadios — queimei a língua de tão impaciente (valeu a pena). Alguém me ofereceu uma tortinha de ovo logo depois, crocante e quentinha, seguida de um chá com leite tão forte que quase me acordou de vez. Depois, passeamos pela Cat Street — cheia de antiguidades, com ventiladores antigos girando devagar no teto — e pegamos o Tram do Pico com ingresso fura-fila. O bondinho subiu a colina rápido, fazendo meu estômago revirar. Aquele primeiro olhar para o Victoria Harbour lá do alto... até hoje me vem à cabeça quando estou preso no trânsito em casa.