Muralha da China Gubeikou & Jinshanling: Tour Privado ao Pôr do Sol com Transfer

4.98

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Como é a experiência?

Confesso que fiquei em dúvida sobre começar um passeio à Muralha da China saindo de Pequim tão tarde. Mas, na real, aquela manhã tranquila e o café devagar fizeram todo sentido. Nosso guia, Li, nos encontrou pouco antes do meio-dia (acho que ele ficou aliviado por não estarmos com pressa). A viagem saindo da cidade foi quase uma meditação; o barulho de Pequim deu lugar a colinas suaves e campos secos. A vila de Gubeikou tinha um ar sonolento, parecia que todo mundo esperava algo acontecer, mas sem pressa se não acontecesse.

A primeira subida até a torre quebrada me surpreendeu — as pedras eram ásperas ao toque, e havia um cheiro leve de capim selvagem nas frestas. Li mostrou uns grafites antigos feitos por soldados (ele chamou de “histórias fantasma” da Muralha). Paramos mais vezes do que eu esperava, principalmente porque eu ficava me virando para olhar o quanto já havíamos caminhado. O ar tinha um gosto empoeirado, mas fresco. Na Torre do General, Li tirou alguns lanches da mochila e contou sobre o avô dele, que costumava andar por essas partes quando era criança. Fiquei imaginando como seria naquela época — provavelmente mais silencioso, mas talvez não tanto assim.

Jinshanling fica a cerca de uma hora de caminhada dali, e é mais tranquilo do que eu imaginava para um lugar tão famoso. Sem multidões, só o vento assobiando pelas frestas das flechas e o sol baixo pintando tudo de dourado. Estávamos quase sozinhos, só um casal tirando fotos bem longe na muralha (eles acenaram — e a gente riu de como parecíamos minúsculos). Tem a opção de vinho no pôr do sol; não pegamos, mas meio que nos arrependemos quando Li tirou um termômetro com chá. A luz mudou rápido — num minuto você está apertando os olhos para ver as torres distantes, no outro tudo fica azul acinzentado e suave.

Até hoje penso naquela vista de Jinshanling enquanto o crepúsculo chegava — nada dramático, só sincero e aberto. No caminho de volta para Pequim, cochilei na van e acordei com aquela sensação estranha que dá depois de estar em um lugar antigo e verdadeiro. Difícil de explicar, só indo pra sentir.