Dubrovnik: Passeio Privado de Carro Antigo com Trsteno e Mirantes

4.95

(20 avaliações)

Como é a experiência?

Aquele primeiro instante ao entrar no banco de trás do carro antigo — o couro um pouco rangendo, as janelas abertas porque, afinal, não tem ar-condicionado — parecia uma viagem no tempo. Nosso guia, Marko, sorriu no retrovisor e ligou o motor. As muralhas de pedra da cidade ficaram para trás enquanto cruzávamos bairros que a maioria dos turistas nem imagina. O cheiro de pinho e sal do mar veio junto quando passamos pela ponte Franjo Tudman — Marko apontou o antigo porto lá embaixo, com o sol refletindo nos barcos de pesca balançando na água. Ele contou histórias do passado de Dubrovnik e como é a vida dos moradores hoje. Era cedo, então as ruas estavam tranquilas, só de vez em quando um scooter passava rápido.

Paramos na nascente do Rio Ombla — pra ser sincero, você nem percebe se não souber onde olhar. É pequenino, só um trecho curto antes de desaguar no mar. Marko explicou que esse lugar já foi muito valorizado pela nobreza de Dubrovnik; ainda dá para ver algumas casas de veraneio grandonas escondidas atrás de muros de pedra. Lembro do som da água escorrendo pelas pedras e do leve aroma de ervas silvestres no ar. Até provamos um queijo local e umas figos de um vendedor na beira da estrada — simples, mas delicioso.

A viagem pela estrada do Adriático foi incrível. A costa aparecia entre os olivais e ciprestes. Paramos perto de Trsteno, bem ao lado de uma enorme árvore plátano — Marko disse que ela está ali há séculos. O Arboreto parecia um jardim secreto: bananeiras, palmeiras e até algumas estátuas antigas meio escondidas no verde. Marko contou sobre Nikola Vitov Gučetić, um filósofo que morou ali. O jardim já passou por momentos difíceis — ele mostrou áreas que ainda se recuperam dos danos da guerra — mas agora é um lugar tranquilo. Os pássaros cantavam lá no alto e, se você prestasse atenção, dava para ouvir o mar.

Na volta, seguimos pela costa de novo, janelas abertas, a brisa salgada batendo no rosto. Voltamos ao ponto de partida, mas a sensação era de que havíamos viajado muito mais do que algumas horas saindo do centro de Dubrovnik.