Ilhas Elafiti em Dubrovnik: Passeio Privado de Barco e Grutas Azuis

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Como é a experiência?

Quase perdi meu chapéu antes mesmo de sairmos do antigo porto de Dubrovnik — o vento soprou forte justo quando nosso capitão, Marko, soltou as amarras do barco. Ele sorriu e gritou algo sobre o “clima da Dalmácia” (fingi que entendi). As muralhas da cidade pareciam quase surreais vistas do mar, toda aquela pedra colada à água. Ver por esse lado é diferente — mais tranquilo, de um jeito que só o mar proporciona. Fomos deslizando devagar para todo mundo conseguir tirar fotos, mas eu só conseguia olhar a luz refletindo nas ondas.

A primeira parada foi na ilha Koločep. Marko distribuiu snorkels e apontou para uma fenda escura nas falésias: “Gruta Azul!” disse como se fosse uma palavra mágica. A água realmente tinha aquela cor — não só azul, mas elétrica, quase brilhando ao redor dos meus braços quando nadei lá dentro. Estava gelada também; dei um susto alto o suficiente para alguém rir. Tinha mais três grutas próximas, menores, mas igualmente ecoantes e frescas. Acabei engolindo um pouco de água salgada (não devia ter tentado falar debaixo d’água), mas o gosto era limpo, nada pesado como o mar de casa.

Depois fomos para a ilha Lopud — a Praia Sunj é só areia macia e água rasa que parece não acabar nunca. Algumas pessoas pegaram espreguiçadeiras ou pediram drinks sob aqueles guarda-sóis desbotados; eu só caminhei até o mar chegar no joelho e deixei tudo desacelerar um pouco. Uma música tocava de algum lugar no barco (pop croata dos anos 80?), e Marko não parava de oferecer cerveja gelada ou suco. Ainda deu tempo de dar uma volta pela vila — tentei dizer “hvala” para agradecer e ganhei um sorriso enorme de uma senhora vendendo figos.

Na volta, passamos perto da ilha Lokrum e suas cavernas de pombos enquanto Marko contava histórias de monges e naufrágios — ele fazia parecer meio verdade, meio conto de fadas. As falésias estavam afiadas contra o céu do fim da tarde. Também passamos pela Praia Sveti Jakov, mas não paramos; alguém perguntou se poderíamos voltar outro dia. Meu cabelo já estava duro de sal e a pele quente, mesmo com o sol se pondo rápido. Ainda lembro daquele primeiro mergulho na gruta — como era silencioso lá dentro, só o som dos pés na água.