Lagos de Plitvice: Passeio Privativo de um Dia saindo de Split

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Como é a experiência?

Já se perguntou se a água pode realmente ser tão azul assim? Foi essa a sensação que tive ao chegar nos Lagos de Plitvice, naquele ponto entre Split e um cenário que parece tirado de um conto antigo. Saímos cedo — mal terminei meu café — mas o nosso motorista, Marko, já brincava sobre o “tempo dálmata” versus o “tempo do parque” (ainda não entendi direito). A estrada para o norte é cheia de colinas suaves e vilarejos tranquilos. Quando chegamos na entrada, o ar tinha aquele cheiro fresco de pinheiro que só se sente em florestas profundas.

Não esperava que as cachoeiras fossem tão barulhentas — não um rugido, mas um som constante que faz você esquecer o mundo por um instante. A nossa guia Ana nos levou por passarelas de madeira que parecem flutuar sobre a água. Ela mostrou peixinhos pequenos nadando lá embaixo e tentou nos ensinar a pronunciar “Supljara” (nome da caverna), mas acho que acabei falando tudo errado. Tem algo mágico em ver dezesseis lagos empilhados como degraus, cada um com um tom diferente de verde ou azul, dependendo do ângulo e da luz do sol. É difícil explicar sem parecer clichê.

Fizemos um passeio de barco rápido por um dos lagos — o silêncio era quase total, só quebrado por alguns turistas alemães sussurrando e uma criança rindo dos patos. O almoço foi simples, só os sanduíches que levamos (não tem restaurante chique lá dentro), mas, sinceramente, sentar à beira do rio Korana com os dedos gelados e ver a névoa subindo da água fez até o pão mais simples ficar gostoso. Fiquei pensando em como tudo ali parecia antigo; Ana disse que algumas árvores são mais velhas que a própria Croácia. No fim, caminhamos até cansar as pernas e voltamos para Split com os sapatos enlameados e o celular cheio de fotos.