Varaždin: Rafting tranquilo no Rio Drava com guias locais

4.61

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Como é a experiência?

Esqueci meus óculos de sol na van — típico de mim — então passei os primeiros dez minutos apertando os olhos para enxergar o Rio Drava, tentando não parecer arrependido das minhas escolhas. Nosso guia, Marko, percebeu e simplesmente me entregou um par extra, sem dizer uma palavra. Foi assim que o dia começou: meio desajeitado, mas já me sentindo cuidado. O ar tinha um cheiro verde e úmido, se é que isso faz sentido, e tinha pássaros por toda parte — alguns que eu nunca tinha visto antes. Marko apontou para um martim-pescador que voava rente à água. Eu perdi de vista, mas acenei como se tivesse visto.

O rafting em si não foi nada radical — não espere corredeiras aqui. É mais um passeio tranquilo, com alguns solavancos que nos fizeram rir quando alguém (ok, eu) levou um banho de água no rosto. O Rio Drava é calmo, quase preguiçoso em alguns trechos, e você tem longos momentos em que só ouve o som dos remos na água e o vento passando pela grama alta. Paramos numa praia de seixos para descansar; as pedras eram lisas e geladas sob meus pés. Alguém achou uma pena velha e tentou adivinhar de que pássaro era (ninguém concordou). Teve um momento em que tudo ficou tão silencioso, só se ouvia o coaxar distante dos sapos — até hoje lembro desse silêncio.

O almoço não estava incluído, mas levamos sanduíches, então sentamos nas pedras para compartilhar comida e histórias enquanto Marko contava como os moradores locais nadavam por aqui quando eram crianças. Ele nos mostrou como identificar pegadas de lontra na margem — eu jamais teria notado sozinho. Tudo parecia menos um passeio turístico e mais um encontro com alguém que realmente conhece o lugar. No fim, ninguém queria ir embora ainda, mesmo com todo mundo meio queimado de sol e cansado.