Luxor a Aswan: Cruzeiro no Nilo e Passeio de Balão ao Nascer do Sol

4.39

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Como é a experiência?

“Olhem para baixo agora,” sussurrou nosso guia, Hossam, enquanto a cesta do balão rangia suavemente sob nossos pés. Eu ainda estava meio sonolento depois do pickup às 4 da manhã em Luxor, mas de repente fiquei completamente acordado — lá embaixo, o Vale dos Reis brilhava dourado na luz fraca do amanhecer. O ar estava fresco e seco, e alguém atrás de mim soltou um suspiro quando passamos sobre os Colossos de Memnon. Tentei tirar uma foto, mas minhas mãos tremiam (não de medo, só... encantamento? Ou talvez por causa do chá doce no café da manhã). Aquela imagem do nascer do sol ainda está gravada na minha memória.

Os dias no cruzeiro pelo Nilo se misturavam de um jeito bom — manhãs tranquilas deslizando por palmeiras e crianças acenando das margens de terra, tardes explorando lugares como o Templo de Karnak ou as imensas colunas de Edfu. Hossam sempre tinha uma história sobre faraós ou deuses; às vezes ele parava no meio da fala para ouvirmos o chamado para a oração ecoando nas paredes de pedra. Em Kom Ombo, lembro de tocar as inscrições — estavam quentinhas pelo sol. Os almoços eram barulhentos e cheios de risadas (o falafel surpreendeu), e numa noite compartilhamos suco de romã com uma família núbia na vila perto de Aswan. Meu árabe é péssimo, mas eles sorriram do mesmo jeito.

Não esperava gostar tanto de só ficar no convés vendo a vida passar — pescadores consertando redes, mulheres equilibrando cestos na cabeça, essas cenas simples. O barco era confortável (até o chuveiro funcionava direito), e toda noite eu dormia ouvindo a água batendo suave no casco. Abu Simbel foi uma longa viagem, mas valeu a pena; aquelas estátuas são ainda maiores do que você imagina. Na última noite em Luxor, navegamos ao pôr do sol numa feluca tomando chá de hortelã — não sei se era a luz ou o cansaço feliz depois de tantos templos, mas tudo parecia mais suave.