Luxor: Passeio de Balão ao Nascer do Sol com Transfer do Hotel

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Como é a experiência?

Confesso que fiquei nervoso quando a chama acendeu no meio da penumbra — eram quase 5 da manhã e lá estávamos, segurando café em copos de papel, rodeados por outros rostos sonolentos na Margem Oeste de Luxor. Nosso piloto, Mahmoud, sorria como se já tivesse feito isso mil vezes (provavelmente já fez), e fez uma piada sobre “elevadores egípcios” enquanto a cesta se erguia. O ar tinha um cheiro leve de poeira misturado com algo doce, talvez perfume ou só a brisa do Nilo passando. Até hoje não sei ao certo.

Quando decolamos — mais suave do que eu esperava — tudo lá embaixo virou um mosaico: campos verdes, jegues minúsculos, estradas que serpenteavam rumo a Karnak e ao Templo de Hatshepsut. Mahmoud apontou os Colossos de Mêmnon na névoa; pareciam menos estátuas e mais velhos amigos cuidando do vale. Ele soltava curiosidades em inglês entre momentos de silêncio, onde só se ouvia o vento e latidos distantes. Em algum momento, minhas mãos pararam de agarrar a borda com tanta força. Não esperava me sentir tão tranquilo lá em cima.

O sol bateu nas falésias atrás de nós e, de repente, tudo ficou dourado por um instante — templos brilhando, palmeiras projetando sombras longas. Era possível ver outros balões flutuando por perto, mas o clima era silencioso, quase íntimo. Alguém tentou dizer “bom dia” em árabe (não vou repetir minha tentativa) e Mahmoud riu tanto que quase deixou o rádio cair. A aterrissagem foi mais suave do que imaginei — só um solavanco e estávamos de volta à terra, piscando uns para os outros como se tivéssemos sonhado tudo juntos. Ainda lembro daquela vista quando acordo cedo em casa.