Abu Dhabi: Tour pela Grande Mesquita e Passeio pela Cidade com Paradas

4.93

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Como é a experiência?

Eu já tinha visto fotos da Grande Mesquita Sheikh Zayed, mas nada prepara você para pisar naquele mármore branco em Abu Dhabi. Há um silêncio diferente — não é silêncio total, mas uma suavidade no ar, mesmo com pessoas ao redor. Nosso guia, Samir, nos entregou água mineral enquanto tirávamos os sapatos, e lembro da sensação fresca sob os pés. Ele apontou detalhes minúsculos nos mosaicos que eu jamais teria notado (as colunas com ponta dourada são ainda mais impressionantes de perto). Tentei pronunciar “Mashrabiya” direito — Samir sorriu, mas acho que acabei enrolando.

A viagem de Dubai durou pouco menos de duas horas, quase toda em estrada tranquila com areia estendendo-se dos dois lados. Passamos pelo Porto de Jebel Ali — que dizem ser o maior porto artificial do mundo — enorme, mas que parece só um monte de guindastes no horizonte se você não souber o que está vendo. Quando chegamos ao centro de Abu Dhabi, tudo mudou: arranha-céus de vidro, palmeiras, aquele verde vibrante da Corniche. O ar parecia mais denso que em Dubai, talvez por causa da brisa do mar ou talvez pela ansiedade de ver tanto em um passeio de um dia entre Dubai e Abu Dhabi.

Paramos na Heritage Village depois da mesquita — é meio turístico, mas vale a pena dar uma volta para ver os barcos de pesca antigos e sentir o cheiro do incenso queimando (gostei mais do que esperava). Samir acenou para um amigo que vendia tâmaras no mercado; ele insistiu para que experimentássemos. Doces, pegajosas e intensas, nada a ver com as tâmaras de supermercado lá de casa. Rimos quando alguém tentou pechinchar por um tapete — não fui eu dessa vez — e logo seguimos passando pelas Etihad Towers e Emirates Palace para umas fotos rápidas. O skyline da cidade brilhava dourado contra a névoa do fim da tarde. Eu não parava de pensar em como cada canto tinha uma vibe diferente.

Quando passamos pela Yas Island e vimos o telhado vermelho do Ferrari World piscando ao longe, minha cabeça estava cheia — mas de um jeito bom. São muitas coisas para seis horas, para ser sincero, mas de algum jeito não parecia corrido. Talvez fosse o ritmo tranquilo do Samir ou o jeito único de cada lugar. Até hoje consigo imaginar o primeiro passo dentro da mesquita: pedra fresca, luz do sol refletindo por todo lado, uma paz que ficou comigo muito depois de sairmos.