Dubai: Jantar na Fortaleza do Deserto com Passeio de Camelo e Shows ao Vivo

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Como é a experiência?

Sabe aquela sensação de não saber se está sonhando ou só meio perdido pelo fuso horário? Foi assim que tudo começou para mim — um instante eu olhava pelas janelas para os arranha-céus de vidro de Dubai, no outro já estava pulando sobre as dunas de areia enquanto o motorista ria cada vez que escorregávamos de lado. Segurei firme no banco mais do que gostaria de admitir. O deserto lá fora era um ouro em movimento, com bordas suaves e, de repente, um calor intenso quando paramos. Nosso guia (acho que se chamava Ahmed?) distribuiu água gelada e apontou para uma fila de camelos que passava devagar — o tilintar dos sinos deles ficou ecoando na minha cabeça.

A Fortaleza do Deserto do Sahara parecia quase irreal contra o céu. Lá dentro, bandejas com tâmaras e xícaras pequenas de café com cardamomo — tentei servir sozinha e quase derramei tudo, mas uma das mulheres com um lenço colorido sorriu e me ajudou. Um incenso de olíbano queimava por perto; o cheiro ficou preso na minha roupa por horas. Andamos pelo souq, onde lanternas espalhavam luz colorida, artistas faziam pinturas de henna nas mãos (ainda tenho um desenho desbotado no pulso), até falcões empoleirados tão perto que dava para ver cada movimento das penas.

O jantar era uma mistura incrível: cordeiro defumado na churrasqueira, saladas com ervas que eu nem conhecia, algo doce com água de rosas que não tem igual em casa. As pessoas conversavam baixinho ou ficavam em silêncio; parecia que o lugar trazia uma calma, ou talvez fosse o excesso de comida mesmo. Depois vieram as dançarinas — saias rodopiando, tambores ecoando nas paredes de pedra, fogo girando tão perto que dava para sentir o calor no rosto. Não parecia algo ensaiado, mais como se todo mundo entrasse no ritmo junto por um tempo.

Fiquei pensando em como estávamos longe das luzes da cidade — o céu parecia tão escuro e infinito aqui. Na hora de voltar (com refrigerantes na mão), ninguém teve pressa. Até hoje, quando sinto um cheiro de olíbano por aí, lembro de estar sentado sob aquelas lanternas com areia ainda nos sapatos.