Barcelona de Bike: El Born, Poblenou e Cantinhos Escondidos

4.73

(22 avaliações)

Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi pedalando por Poblenou foi o silêncio — só o som suave das rodas e alguns moradores conversando na porta da padaria Forn Baluard. As ruas aqui são amplas, com antigas casas de pescadores pintadas de branco, e se você acordar cedo ainda pega aquela brisa salgada do mar. Nossa guia, Marta, apontou a Torre Glòries que desponta entre os telhados — os locais chamam de “o pepino”, o que nos fez rir. Ela conhecia todos os atalhos por ruas sem carros e até nos mostrou um mural escondido atrás de um parquinho que eu jamais teria achado sozinho.

Seguimos rumo à Platja de la Mar Bella. Mesmo no fim da manhã, já rolavam jogos de vôlei e alguém vendia horchata gelada num carrinho perto da areia. Não é tão cheia quanto a Barceloneta — o clima é mais tranquilo, com espaço para esticar as pernas ou só admirar o skyline brilhando sobre a água. Depois de uma parada rápida num chiringuito para suco de laranja fresquinho (o dono reclamou do jogo de futebol da noite anterior), voltamos para o centro.

O Bairro Antigo é outro mundo — vielas estreitas que ecoam passos e sinos de igreja. Em El Born, estacionamos as bikes perto da Santa Maria del Mar. As paredes de pedra da basílica eram fresquinhas por dentro; a Marta contou como os construtores de navios ajudaram a erguer o lugar há séculos. Lá fora, as mesas das terrazas estavam cheias de moradores beliscando anchovas e azeitonas. Terminamos sob o Arco do Triunfo — o tijolo vermelho brilhando ao sol — e passeamos por parques arborizados onde crianças voavam de patinete. Minhas pernas já estavam cansadas, mas a cabeça cheia de cantinhos de Barcelona que eu nunca tinha visto.