Campo de Sevilha: Cavalgada e Visita a Rancho Local

4.66

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Como é a experiência?

Confesso que estava meio nervoso com a ideia de andar a cavalo — a última vez que montei foi numa festa de aniversário quando criança, e não terminou bem (escorreguei, mas isso é outra história). Mas nossa guia, Marta, só sorriu e me entregou um capacete como se já tivesse visto de tudo. Os estábulos eram mais tranquilos do que eu imaginava, só o som suave dos cascos e um cheiro leve de feno misturado com algo doce — talvez flores silvestres? Um senhor idoso escovava um dos cavalos; ele nos cumprimentou com um aceno, mas ficou quieto. Gostei disso.

Começamos dentro do rancho para nos acostumar com os cavalos — o meu se chamava Luna, e tinha cílios absurdamente longos. Marta explicou que os cavalos andaluzes são quase celebridades por aqui. Ela nos mostrou como segurar as rédeas com delicadeza (“não como se estivesse segurando seu celular com medo de deixar cair”, brincou). Depois de algumas voltas meio desajeitadas, seguimos para o campo. O ar ficava mais fresco sob os pinheiros, e teve um momento em que tudo ficou em silêncio, só o canto dos pássaros e o som dos cascos na terra macia. É uma calma estranha, mas boa.

Fiquei pensando que ia ficar dolorido ou passar vergonha (minha postura não é nada de princesa), mas, sinceramente? Foi ótimo sentir o movimento pelas trilhas fora de Sevilha, vendo os raios de sol entre os galhos. Em um ponto, Marta apontou umas ervas selvagens à beira do caminho — ela colheu uma e amassou entre os dedos para a gente sentir o cheiro. Meio picante. Passamos por outro grupo do rancho que acenou para a gente; parecia que todo mundo se conhecia ali. O passeio foi tranquilo — parávamos sempre que alguém precisava descansar ou tirar fotos (meu celular está cheio de fotos borradas de orelhas de cavalo). Ainda lembro do passo calmo da Luna quando a cidade fica barulhenta demais.