Madrid: Passeio a Chinchón, Jardins de Aranjuez e Degustação de Vinhos

4.87

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Como é a experiência?

Eu não sabia bem o que esperar de um passeio de um dia saindo de Madrid — só queria dar uma escapada da cidade por um tempo. Mas assim que chegamos em Chinchón, senti uma paz estranha, gostosa. A Plaza Mayor nem é simétrica, mas está sempre cheia de moradores tomando café e velhinhos discutindo futebol. Nossa guia, Carmen, chamou a gente para provar uns docinhos (esqueci o nome — algo com anis) e juro que o cheiro ficou nas minhas mãos por horas. Andar por aquelas ruas de pedra parecia fazer o tempo desacelerar.

Depois seguimos para Aranjuez. O ar mudou — ficou mais verde, quase úmido por causa do rio. Você ouvia pássaros por toda parte nos jardins, que são enormes e meio selvagens nas bordas. A Carmen contou histórias dos reis espanhóis que plantaram árvores raras ali; ela mostrou uma que parecia coisa de conto de fadas. Perdi a noção do tempo caminhando entre fontes e imaginando que morava ali (quer dizer... quem não gostaria?).

A vinícola foi a última parada — escondida entre fileiras de videiras logo fora de Aranjuez. É uma família que produz vinho orgânico há gerações, usando umas técnicas biodinâmicas que pareciam metade ciência, metade mágica. Provamos três vinhos (meu favorito foi o Syrah), cada um acompanhado por uma pequena porção de tapas — queijo manchego que fazia barulho entre os dentes e chorizo que deixava óleo no meu polegar. O enólogo tentou ensinar a gente a girar a taça do jeito certo; a Li riu quando quase derramei o meu no sapato dela. No caminho de volta para Madrid, só conseguia pensar naquele primeiro pedaço de queijo debaixo das videiras — engraçado como alguns sabores ficam na memória.