Sevilha para Ronda e Aldeias Brancas: Passeio com Parada em Setenil

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Como é a experiência?

A primeira coisa que me marcou foi a vista de Zahara de la Sierra pela estrada — casas brancas espalhadas por uma colina verde íngreme, parecia que alguém tivesse espalhado cubos de açúcar pela montanha. Quando descemos da van, o silêncio era total, só se ouvia o som suave de alguém varrendo a porta. Nossa guia, Carmen, nos chamou para provar azeite numa lojinha minúscula — confesso que nunca imaginei que azeite pudesse ter um sabor tão fresco, quase herbáceo. O ar trazia um leve cheiro de ervas selvagens e algo doce que não consegui identificar.

Depois fomos para Setenil, e é difícil explicar até você ver: casas inteiras construídas embaixo dessas enormes pedras, como se a natureza tivesse colocado o teto para elas. Carmen mostrou sua padaria favorita, encaixada na pedra — paramos para comer uns docinhos de amêndoa. Tentei pedir em espanhol (“pastel de almendra?”) e o padeiro sorriu do meu sotaque. Sob a sombra das rochas, estava fresquinho, mesmo com o sol forte lá fora.

Ronda parecia quase surreal depois disso tudo. Caminhamos pela famosa ponte (Puente Nuevo — talvez você já tenha visto fotos), olhando para a garganta vertiginosa lá embaixo. Andorinhas voavam em círculos e alguns senhores jogavam cartas numa praça sombreada perto dali. Fiquei pensando em quantas pessoas já passaram por ali antes de mim. O almoço foi simples e tardio — tapas num lugar que a Carmen recomendou, nada sofisticado, mas perfeito depois de tanta caminhada. Meus pés estavam cansados, mas a cabeça leve, se é que faz sentido. Até hoje lembro daquela vista da ponte quando o barulho lá de casa fica demais.