Central Park: Passeio Privado de Pedicab com Histórias Locais

4.93

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Como é a experiência?

Vou ser sincero, nunca imaginei que andaria de pedicab em Nova York — sempre achei meio turístico demais. Mas minhas pernas já estavam cansadas de tanto andar pelo Midtown, então quando um amigo sugeriu esse passeio privado pelo Central Park, só dei de ombros e aceitei. Nosso guia (acho que o nome dele era Samir?) nos recebeu na entrada do parque, sorrindo como se estivesse esperando a gente o dia todo. O assento era mais confortável do que eu esperava e, assim que começamos a passar pelas carruagens de cavalos e corredores, percebi o quanto conseguiríamos explorar sem suar a camisa.

O ar tinha um leve cheiro de amendoim torrado vindo de uma barraquinha próxima — coisa que você não sente andando a pé. Passamos voando pelo Sheep Meadow, onde a galera estava estirada em cobertores (alguém tinha um pipa amarelo preso numa árvore), e depois desaceleramos perto da Bethesda Fountain. O Samir desceu e insistiu para tirarmos fotos ali; contou algumas cenas de filmes antigos gravadas naquele lugar. Tentei lembrar quais, mas me distraí com o sol refletindo na água e um cara tocando saxofone ali perto. Em Strawberry Fields, ele apontou o mosaico “Imagine” e falou de como os locais ainda deixam flores para o Lennon — o clima ali era mais silencioso, quase respeitoso, mesmo com turistas por perto.

De longe, vimos a Bow Bridge (Samir disse que podíamos descer e atravessar a pé se quiséssemos — fica para a próxima). Ele foi citando nomes de estátuas e pontos como The Mall, Conservatory Water e Tavern on the Green enquanto passávamos — às vezes rápido demais para eu captar tudo. Mas foi bom não precisar decorar nada; só observar os nova-iorquinos passeando com os cachorros ou crianças correndo atrás de bolhas parecia mais real do que qualquer lista de curiosidades. Teve um momento em que uma brisa levantou e espalhou pétalas de cerejeira no nosso colo — um detalhe pequeno, mas que ficou marcado.

O que mais me surpreendeu foi como o Central Park muda quando quem mostra é alguém que conhece o lugar — não só apontando, mas dividindo histórias e piadas no caminho. O Samir riu quando eu pronunciei errado “Wollman Rink” (ainda não sei se acertei). No fim da volta de uma hora, eu e meu amigo concordamos que vimos muito mais do que conseguiríamos sozinhos… e meus pés agradeceram depois.