Central Park: Tour de Pedicab com Paradas e Fotos

4.90

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Como é a experiência?

Confesso que reservei o tour de pedicab pelo Central Park porque meus pés já estavam cansados depois de dois dias em Nova York — mas acabou sendo uma daquelas experiências que eu faria de novo só pelo tanto de gente interessante que vi. Nosso guia, Ahmed, nos recebeu perto da West 57th com a 6th Avenue com um sorriso largo e uma piada rápida sobre o trânsito da cidade (“Fica tranquilo, eu sou mais rápido que a maioria dos táxis”). O assento era mais confortável do que eu esperava, pra falar a verdade. Você sente uma brisa gostosa enquanto passa pelas árvores, meio que como estar num balanço que se move, enquanto o barulho da cidade vai ficando pra trás.

Começamos na parte baixa do Central Park — é onde a maior parte da vida acontece. Ahmed apontava detalhes que eu jamais teria notado andando: o antigo bebedouro para cavalos em Cherry Hill (hoje uma fonte), artistas de rua se preparando perto do Literary Walk (um cara tocava Beatles — a cara do lugar, já que depois paramos em Strawberry Fields). Ele contou a história da estátua do Balto e como as crianças ainda sobem nela todo dia. Teve um momento na Bethesda Fountain em que ele se ofereceu para tirar nossa foto; geralmente não gosto de pedir isso pra estranhos, mas ele fez antes que eu pudesse recusar. A luz refletia na água e por um instante tudo ficou mais suave do que o clima típico de NYC.

Não esperava aprender tanta história curiosa — tipo que o Tavern on the Green já foi um curral de ovelhas ou que os cavalos do carrossel são esculpidos à mão há décadas. Descemos em Strawberry Fields e ali o silêncio dominava, mesmo com tanta gente por perto; alguém tinha deixado flores frescas no mosaico “Imagine”. É engraçado como aquele cantinho é tão tranquilo no meio de tanta movimentação. Ah, e sobre a logística: eles organizam as paradas conforme o tempo do tour que você escolher (fizemos o de 55 minutos), então não é só pedalar sem parar — dá pra esticar as pernas e curtir tudo de perto.

Quando voltamos em direção ao Sheep Meadow, já nem me preocupava mais com horários ou multidões. A cidade parecia diferente daquele assento — mais suave, ou talvez só mais calma de um jeito bom. Até hoje, quando escuto música de carrossel em outro lugar, minha mente volta praquele passeio entre as fileiras de olmos e crianças rindo. Não sei se é nostalgia ou só o talento do Ahmed pra contar histórias, mas ficou guardado comigo.