Georgetown: Tour a Pé com Histórias Locais e Segredos da História

4.88

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Como é a experiência?

Mal havíamos pisado na calçada de tijolos quando nossa guia, Canden, apontou uma pequena marca de ferro acima de uma porta — eu teria passado batido se ela não tivesse parado ali. Ela riu dizendo que praticamente escreveu o livro sobre Georgetown (literalmente), e, sinceramente, parecia que estávamos caminhando com alguém que sabia cada história curiosa por trás de cada janela. O ar tinha aquele frescor de pedra antiga que só se sente em bairros assim, e perto dali alguém torrava café — ou talvez eu só quisesse que fosse café. Desviamos de uma bicicleta de entrega e Canden começou a falar sobre o Canal Chesapeake & Ohio; eu não esperava me interessar por velhas comportas, mas ver a água passando por aquelas portas foi estranhamente satisfatório.

A Old Stone House parecia pequena demais para ser importante à primeira vista. Mas descobri que ela é mais antiga que DC — de 1766 — e já viu de tudo, de comerciantes de tabaco a vendedores de carros. Um casal estava sentado no jardim comendo sanduíches, só curtindo o momento. Gostei do fato de ninguém nos apressar ali; podíamos explorar, tocar as paredes de pedra ásperas, tentar imaginar essa rua sem todos aqueles Teslas estacionados. Depois seguimos para uma das casas dos Kennedy (eles tinham várias por aqui), e Canden contou uma história sobre Jackie organizando jantares antes da vida dela mudar. É curioso como a história fica mais real quando você está parado bem na porta antiga de alguém.

Eu ficava reparando em pequenos detalhes — lanternas a gás ainda acesas durante o dia, uma tampa de carvão desbotada com um sobrenome de família que não consegui pronunciar. Estudantes estavam espalhados pelo gramado da Georgetown University, fingindo estudar, mas na verdade só aproveitando o sol; nosso grupo parou perto da estátua de John Carroll enquanto Canden explicava como a universidade moldou metade do caráter do bairro (e provavelmente os preços dos aluguéis também). Terminamos perto das famosas Exorcist Steps — todo mundo tirou fotos, mas, pra ser sincero, minhas pernas já só pensavam em achar uma bebida gelada.

Até hoje penso em como Georgetown é cheia de camadas: histórias de famílias negras misturadas com a trajetória de imigrantes, mulheres que simplesmente ignoraram o que esperavam delas. Não é só casas bonitas e política — tem fofoca escondida em cada quarteirão, se você souber ouvir. Então, se quiser um passeio de um dia saindo de DC que vai além dos monumentos e mármore, esse tour a pé fica na memória.