Grand Canyon West e Hoover Dam: Passeio com Skywalk e Refeições

4.85

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Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi foi o silêncio ao descer do ônibus perto do mirante da Hoover Dam — só o vento e o leve barulho do trânsito na ponte. Nosso guia, Tony, já distribuiu café antes mesmo de sairmos de Las Vegas (eu precisava), e logo soltou uma piada sobre os tipos de chapéus que já viu nesse passeio. A estrada passa por essas árvores de Joshua, meio espinhosas, quase pré-históricas — e entre goles d’água e trocas de lugar para pegar uma janela melhor, percebi que não tinha mexido no celular há um tempão.

O café da manhã foi num lugar simples fora da cidade — nada chique, mas os ovos estavam quentinhos e a salsa era de verdade. Tony contou histórias do povo Hualapai enquanto nos aproximávamos do Grand Canyon West; ele apontou o Eagle Point antes mesmo de eu enxergar. Quando chegamos à borda, o ar estava seco e cortante, dava pra sentir o gosto da poeira misturado com o sol. Alguns foram direto para o Skywalk (eu também — é estranho ver seus pés flutuando naquele vazio todo), outros preferiram caminhar pela beirada tentando absorver tudo. Fiquei pensando: as fotos não conseguem captar essa cor direito.

O almoço foi um churrasco na beira do cânion, no Guano Point — frango defumado, feijão, pão de milho. Tinha uma brisa que não parava de levar os guardanapos e alguém riu quando o meu quase voou. Tentei subir um pouco para ter uma vista mais ampla; minhas pernas não gostaram muito, mas valeu a pena. Dá pra ver tão longe o rio lá embaixo que parece coisa de mentira. No caminho de volta, Tony passou água gelada de novo e o pessoal ficou mais quieto — cansado ou ainda absorvendo aquelas paisagens. É engraçado o que fica na memória: pra mim, foi aquele momento na ponte de vidro, quando tudo parecia enorme e silencioso ao mesmo tempo.