Juneau: Observação de Baleias e Mendenhall Glacier com Transfer

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Como é a experiência?

A primeira coisa que lembro é do nosso motorista, Mark, acenando para a gente entrar no shuttle no terminal de cruzeiros de Juneau — ele tinha uma barba vermelha enorme e o costume de chamar todo mundo de “amigo”. Distribuiu garrafinhas de água (uma mão na roda, porque eu sempre esqueço de levar), e enquanto seguíamos para o Mendenhall Glacier, ele contou como o pai dele costumava pescar naquela região. As janelas do ônibus ficaram embaçadas com nosso papo e o ar úmido lá fora. Dá para sentir o cheiro da chuva na calçada — não forte, aquele cheiro musgoso típico do Alasca que gruda no sapato.

No glaciar, tivemos cerca de 45 minutos para explorar. Caminhei por uma trilha de cascalho onde o vento levantava pedacinhos de gelo da beira do lago. Corvos pulavam perto das mesas de piquenique, de olho na minha barrinha de cereal como se fossem me roubar. Tentei chegar perto para tirar uma foto, mas acabei só admirando as rachaduras azuis no gelo — é mais silencioso do que parece lá fora. Alguém ao meu lado sussurrou “parece falso”, e eu ri porque, realmente, parece.

De volta ao ônibus, seguimos para o porto de Auke Bay para o passeio de observação de baleias. Nossa capitã, Jess, sabia exatamente onde procurar — ficava apontando pequenas ondulações antes de qualquer um perceber. O barco tinha uma cabine aquecida (graças a Deus), mas a maioria de nós acabou indo para o convés quando alguém gritou “lá!” Uma jubarte apareceu tão perto que dava para ouvir sua respiração — parecia um velho fole ou um suspiro gigante. Não esperava me sentir tão pequeno assim. Jess disse que aqui a avistagem é garantida; acho que ela estava certa.

Até hoje lembro daquela primeira sensação gelada quando a baleia rompeu a superfície. Não é emoção o tempo todo — às vezes você fica ali, com estranhos e um café fraquinho na mão, esperando algo selvagem acontecer. Mas quando acontece, fica marcado na memória.