New Orleans: Passeio de Airboat em Grupo Pequeno pelos Bayous

4.78

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Como é a experiência?

“Você já viu um jacaré de perto?” Foi a primeira pergunta do nosso piloto assim que deixamos o French Quarter para trás, com as janelas abertas só o suficiente para sentir aquele cheiro forte e verde vindo do rio. O van estava silencioso no começo — talvez todo mundo estivesse se conhecendo, ou talvez fosse cedo demais. Nosso guia, Darnell, começou a contar histórias sobre as técnicas de pesca do tio dele e como identificar um cipreste de um tupelo pelas “joelheiras” que aparecem na água. Eu tentei lembrar qual árvore era, mas acabei me distraindo com a luz do sol batendo no musgo espanhol, que parecia quase prateado.

O barulho do airboat foi mais forte do que eu esperava — não de um jeito ruim, mas como um sopro forte que faz o peito vibrar e te faz sorrir sem nem perceber. Voamos pelas margens cheias de vegetação a 70 km/h (dei uma olhada no velocímetro), com o vento tão forte que quase perdi meu chapéu. Darnell diminuía a velocidade de vez em quando para mostrar tartarugas tomando sol ou um garça caçando algo que eu não conseguia ver. Ele foi o primeiro a avistar um jacaré — só os olhos e o focinho aparecendo na água. “Ela está nos observando,” disse ele, e por um instante ninguém falou nada.

Não esperava me sentir tão pequeno ali. Os pântanos parecem não ter fim — verde sobre verde, com pequenos pontos de flores amarelas se você olhar com atenção. De vez em quando vinha aquele cheiro forte de lama misturado com capim doce; não era ruim, era só... real. Teve um momento em que Darnell desligou o motor e deixamos o barco flutuar em silêncio, com o som das cigarras perto, e parecia que estávamos a milhas de distância de tudo, mesmo com New Orleans a menos de uma hora dali.

No caminho de volta, fiquei pensando mais naquele silêncio do que na velocidade. Pode parecer bobeira, mas até hoje lembro das “joelheiras” dos ciprestes saindo da água — parecia que estavam acenando, avisando ou querendo dizer algo.