New Orleans: Tour de Fantasmas no French Quarter e Mansão LaLaurie

4.72

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Como é a experiência?

Logo de cara, reparei na luz dos postes refletindo nos tijolos antigos do French Quarter — um amarelo suave, quase como luz de vela. Nosso guia, Marcus (usava um boné do Saints e falava com aquele sotaque tranquilo de New Orleans), nos reuniu perto da Jackson Square. Apontou para uma sacada onde alguém jurou ter visto um fantasma uma vez — confesso que quase esperava ver um também, com o vento mexendo no musgo espanhol. No ar, vinha um cheiro leve de pralines doces, misturado com um aroma antigo e úmido, como madeira molhada pela chuva.

Andamos por ruas estreitas enquanto Marcus contava histórias de assassinatos e assombrações — algumas me fizeram rir nervoso, outras me deram arrepios. Na Mansão LaLaurie, ele baixou a voz e eu me peguei prendendo a respiração ao ouvir o que aconteceu ali. Já tinha lido sobre isso, mas ouvir na frente daqueles portões de ferro foi outra coisa. Um casal passeando com o cachorro parou para ouvir um pouco também — parece que até os locais não resistem a essas histórias. É estranho como, depois do anoitecer, você começa a olhar para trás com mais frequência por aqui.

Tentei repetir um dos nomes dos fantasmas que Marcus mencionou, mas acabei errando; ele sorriu e disse que até os locais confundem às vezes. O grupo já estava mais à vontade, com pessoas trocando suas próprias histórias estranhas ou apenas absorvendo as sombras da Royal Street. No fim, percebi que quase não tinha mexido no celular — tem algo em ouvir essas histórias onde elas realmente aconteceram que faz a gente esquecer do resto por um tempo. Ainda lembro daquela sensação gelada na porta da LaLaurie.