New Orleans: Tour Fantasma em Família pelo French Quarter e LaLaurie

4.75

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Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi foi como o ar no French Quarter muda à noite — fica meio pesado, como se estivesse prendendo a respiração. Nosso guia, Marcus, tinha um jeito de contar que até meu filho mais novo parou de se mexer e ficou só ouvindo. Começamos perto da Royal Street, com lanternas tremeluzindo acima da gente, e ele apontou para o Court of Two Sisters. Eu já tinha passado por ali antes, mas nunca soube da história das irmãs (nem das brigas fantasmagóricas que dizem acontecer). Minha filha ficava olhando para trás o tempo todo — jura que ouviu alguém sussurrar seu nome, mas acho que só queria me assustar.

Depois fomos para a LaLaurie Mansion. Confesso que fiquei na dúvida se não seria pesado para as crianças, mas o Marcus contou tudo na medida certa — um pouco de suspense, sem pesadelo depois. Ele até parou para uma das crianças perguntar se fantasmas realmente batem portas (resposta dele: “Só quando você não está olhando”). O grupo era pequeno — umas doze pessoas — e todo mundo podia fazer perguntas ou brincar. Gostei de ver outras famílias também; parecia menos um tour e mais um clube estranho caminhando pela história juntos.

O Jackson Square parecia outro à noite — as sombras deixavam tudo mais imponente. Tinha um músico de rua tocando um saxofone devagar perto dali, que combinava perfeitamente com o clima. O Marcus falou sobre os assombros do lugar, mas também sobre como as pessoas se reuniam ali para grandes festas e protestos. Meu filho tentou imitar um dos gestos crioulos antigos que ele mostrou (algo entre um aceno e um aviso), e todo mundo riu — até uns desconhecidos que passavam entraram na brincadeira por um instante.

Não esperava aprender tanto num passeio “assustador” — tipo por que a Royal Street é mais assombrada que a Bourbon (dizem que tem mais drama por metro quadrado). O tour durou umas duas horas, mas passou rápido, talvez porque todo mundo estava esperando algo pular na gente (não pulou nada... a não ser minha sombra quando tropecei no chão irregular). No fim, meus filhos estavam cansados, mas ainda cochichando sobre fantasmas enquanto voltávamos pelas varandas de ferro antigas. Até hoje lembro daquele mix de risadas e arrepios — e como New Orleans sempre surpreende.