New York Harbor: Passeio de Vela até a Estátua da Liberdade

4.85

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Como é a experiência?

Nunca imaginei ver Nova York por esse ângulo — de verdade. Chegamos no Chelsea Piers ainda com café na mão, e lá estava o Adirondack, todo de madeira e cordas, parecendo uma pintura viva. A tripulação era mais jovem do que eu esperava (um deles até usava boné do Mets), mas manjava muito; ver eles puxando as velas era quase hipnotizante. Quando as velas subiram, ficou um silêncio só — só o som da lona estalando, a água do Hudson batendo no casco, e Manhattan parecia enorme e ao mesmo tempo distante. Fiquei pensando: “É assim que os imigrantes deviam ter visto a cidade chegando.” Pode parecer piegas, mas me tocou.

A guia — acho que se chamava Jamie? — apontou Ellis Island enquanto passávamos devagar. Ela contou que a avó dela passou por ali, e isso fez tudo parecer menos um livro de história e mais uma história de verdade. O vento aumentou pouco antes da Estátua da Liberdade; todo mundo foi para o parapeito tirar fotos, mas eu só queria ver o rosto dela iluminado pelo sol da tarde. Tem algo em ver a Estátua do nível da água que faz a gente se sentir pequeno — no melhor sentido. Ah, e minha bebida quase caiu do banco quando pegamos uma onda (deveria ter segurado melhor). Ninguém ligou; a galera estava rindo tentando pronunciar “schooner”.

O passeio durou umas duas horas, mais ou menos? Difícil dizer — o tempo parecia se esticar com o skyline atrás da gente e as gaivotas gritando no alto. Não era nada chique ou barulhento; só vento constante, o barulho da cidade sumindo, e aquela sensação estranha de estar num lugar conhecido, mas tudo parecer novo. Se você pensa em um passeio pelo New York Harbor ou quer ver a Estátua da Liberdade sem empurrar multidão, esse é o caminho. Até hoje lembro das mãos salgadas depois de descer do deck.