Nova York: Tour de Luzes de Natal em Dyker Heights de Ônibus

4.26

(50 avaliações)

Como é a experiência?

Você ainda está se acostumando com o brilho da cidade quando o ônibus sai da Times Square — é aquele tipo de noite em Nova York em que o ar está frio, mas sem ser desagradável, e todo mundo está agasalhado do seu jeito. Nossa guia, Maria, tinha uma risada fácil que fazia parecer que a gente se conhecia há anos. Paramos rapidinho no rio para um banheiro (nem sabia que ia precisar até chegar lá), e ela apontou a Estátua da Liberdade bem na hora em que o sol começava a se pôr atrás dela. O céu ficou numa mistura de laranja e rosa estranha — tentei tirar foto, mas não ficou boa. Dá pra sentir o cheiro de castanhas assadas vindo de uma barraquinha perto dali. Foi aí que comecei a sentir que, talvez, eu estivesse mesmo de férias.

A viagem até Dyker Heights não foi longa — uns 40 minutos, talvez? — mas parecia que estávamos deixando um mundo para entrar em outro. As casas lá... não economizam na decoração. Luzes por toda parte: renas enroladas nas cercas, Papais Noéis infláveis acenando das varandas, jardins inteiros virando campos de neve iluminados. As crianças corriam com luvas presas por cordões, e os pais apontavam detalhes uns para os outros em todas as línguas que você imaginar. A Maria contou que algumas famílias mantêm essa tradição há décadas — e que rola uma competição amigável entre os vizinhos. Ela até nos apresentou a dona Russo, que distribuiu bengalas de doce e me chamou de “querida”, o que foi muito fofo.

Na volta, paramos no Brooklyn Bridge Park para ver Manhattan toda iluminada — parecia até coisa de mentira, como se alguém tivesse pintado cada janela de dourado. Ficamos em silêncio por um momento; até os adolescentes largaram os celulares. O frio já estava mais intenso, mas ninguém parecia se importar. Passar pela ponte na volta foi como fechar um livro que você não queria que acabasse. Até hoje, quando ouço buzinas em casa, lembro daquela vista.