Oahu North Shore: Mergulho com Tubarões Sem Gaiola + Fotos Grátis

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Como é a experiência?

A primeira coisa que lembro é do balanço suave do barco sob meus pés ao sairmos do porto de Haleiwa — e aquele cheiro salgado, quase metálico no ar. Nosso guia, Kaleo, sorriu e perguntou se alguém estava nervoso. (Eu não falei nada, mas estava sim.) O mar aqui tem um azul diferente, mais profundo e tranquilo do que eu esperava. Éramos só seis pessoas, além do Kaleo e do primo dele, Li — os dois cresceram aqui, disseram, e dava pra ver pelo jeito tranquilo deles com tudo.

Fiquei ajeitando minha máscara enquanto Li explicava o que “pelágico” significa (criaturas do mar aberto — não só tubarões). O barco parou a umas três milhas da costa. Só dava pra ver água em todas as direções. Quando chegou minha vez de entrar, a água estava mais fria do que imaginei — parecia um choque rápido. Kaleo já estava lá dentro, acenando pra gente ficar perto. O primeiro tubarão apareceu do nada: uma forma cinza lisa deslizando silenciosa logo abaixo. Meu coração disparou, mas ninguém parecia assustado — até a criança ao meu lado ficou só olhando, com os olhos arregalados.

Ficamos flutuando por uns 30 minutos, sem nenhuma gaiola entre a gente e esses animais enormes. Cada vez que um passava por baixo, eu me pegava prendendo a respiração. Em um momento, Li apontou para um tubarão menor mais longe — “esse é um Galápagos,” disse ele, “não é perigoso.” Ele riu quando tentei repetir o nome em havaiano (com certeza falei errado). Também vimos outros peixes, flashes de prata e amarelo no canto do olho. É estranho como, depois de um tempo, o medo deu lugar à curiosidade e a sensação ficou até tranquila.

De volta ao barco, todo mundo falava ao mesmo tempo — trocando fotos (que estão incluídas), contando o que viu ou achou que viu. Minhas mãos ainda tremiam um pouco, adrenalina ou frio, não sei. Kaleo comentou que as pessoas sempre saem com um respeito novo pelos tubarões e, sinceramente? Ele tem razão. Ainda penso naquele momento em que o primeiro tubarão olhou direto pra mim — não foi assustador, só… presente.