Rovaniemi: Safari Noturno de Snowmobile com Aurora Boreal e Transfer

4.58

(12 avaliações)

Como é a experiência?

Mal havíamos fechado nossos macacões térmicos quando a guia Sanni sorriu e me entregou um capacete. Perguntou se eu já tinha pilotado um snowmobile antes — para ser sincero, eu nem tinha sentado em um. O grupo riu quando confessei isso (alguém mais também admitiu), e Sanni garantiu que começaríamos devagar. O motor ronronava sob mim, e o ar tinha aquele cheiro cortante e gelado — uma mistura de metal e pinho. Lembro que minhas luvas pareciam desajeitadas no guidão no começo.

A floresta perto de Rovaniemi estava tão silenciosa, só se ouvia o zumbido dos snowmobiles e o barulho da neve fresca sob as esteiras. Às vezes dava para ouvir a própria respiração dentro do capacete. Paramos depois de uns 30 minutos — difícil medir o tempo naquela noite azul-escura — e Sanni apontou para umas faixas verdes tênues acima das árvores. “É isso aí”, disse quase sussurrando. A Aurora Boreal não era tão intensa quanto nas fotos, mas ver aquele movimento era... estranho, meio íntimo. Alguém tentou tirar foto, mas só saiu um borrão.

Nos juntamos ao redor da fogueira que Sanni acendeu ali mesmo na neve. Ela nos serviu um suco quente de frutas vermelhas (ao mesmo tempo azedinho e doce) e passou uns biscoitos — acho que eram biscoitos de gengibre finlandeses? Meus dedos dos pés foram descongelando devagar enquanto ela contava histórias antigas sobre a aurora — algo sobre raposas varrendo faíscas para o céu. Tentei repetir a palavra finlandesa para Aurora Boreal (“revontulet”), mas a Li riu do meu sotaque — não posso culpá-la.

No caminho de volta, ficava olhando para cima entre as árvores, na esperança de ver mais um lampejo. A viagem parecia mais rápida agora que eu estava menos nervoso. Quando finalmente tiramos todas aquelas camadas no Apukka Resort, meu cabelo estava cheio de eletricidade estática e minhas bochechas doíam de tanto sorrir. Ainda penso naquele silêncio na floresta — aquele tipo de paz que só se encontra longe das luzes da cidade.