Auvers-sur-Oise: Caminhada Van Gogh e Almoço nos Jardins do Château

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Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi ao sair do trem vindo de Paris foi como o ar parecia diferente — mais verde, talvez, ou simplesmente mais tranquilo. Um som suave do rio Oise nos acompanhava enquanto começávamos a caminhar, e nossa guia (Marie, que cresceu ali perto) apontava flores silvestres que eu jamais teria notado. Ela tinha o costume de parar no meio da frase para escutar os pássaros — confesso que isso me fez desacelerar também. O caminho estava vazio; só nós e alguns moradores pescando, que acenavam ao nos ver passar. Eu não parava de pensar em como Van Gogh deve ter visto esses mesmos campos.

Quando chegou o meio-dia, chegamos ao Château d’Auvers-sur-Oise. O almoço foi no jardim à francesa — cercas vivas bem aparadas e cascalho no chão, mas dava para sentir o cheiro da grama e algo doce vindo da cozinha. Marie tirou alguns lanches da mochila (ainda não sei o nome daquele queijo — Li riu quando tentei falar em francês) e sentamos num raio de sol que fez meu sanduíche ficar melhor que qualquer refeição de café. O museu não está incluído neste passeio de um dia a Auvers-sur-Oise, mas, sinceramente, ficar ali com o grupo parecia uma exposição à parte.

Depois do almoço, passeamos pela vila onde Van Gogh passou seus últimos dias. Marie mostrou os lugares que ele pintou — ela segurava cartões postais ao lado das cenas reais para mostrar o que mudou e o que continuou igual. A igreja da famosa pintura dele parecia menor do que eu imaginava, quase simples, exceto pela luz da tarde que iluminava suas pedras. Vimos a casa onde ele morou; alguém deixou girassóis na porta naquela manhã. Essa parte ficou comigo por mais tempo do que eu esperava.