Cannes Ilhas de Lerins: Passeio de Vela com Mergulho e Lanches

4.85

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Como é a experiência?

Entramos no Ulysse logo depois do café da manhã, tirando os sapatos e passando um pouco de protetor solar. Eric já estava cuidando das cordas — adorei como ele nos recebeu como velhos amigos, não como clientes. Célia serviu café em xícaras pequenas (forte, do jeitinho francês), e o barco parecia aconchegante, bem cuidado e cheio de vida. O vento estava a nosso favor naquela manhã, então navegamos a maior parte do trajeto de Cannes até as Ilhas de Lerins. Eu não parava de olhar para trás, vendo a cidade ficando cada vez menor — é engraçado como o barulho do trânsito desaparece quando só se ouve a água batendo no casco.

Ancorados entre as ilhas, tudo desacelerou. A água estava tão transparente que dava para ver os dedos dos pés balançando na beirada. Célia riu quando tentei pronunciar “Sainte-Marguerite” — até hoje não sei se cheguei perto. Tinham snorkels e pranchas de stand-up paddle à disposição (eu vacilei bastante, mas não conte pra ninguém), e Eric mostrou onde ainda vivem monges em uma das ilhas — é impressionante pensar que alguém escolhe esse tipo de silêncio. O almoço foi simples: pão fresquinho, queijo, frutas. Talvez fosse o sol, mas aquilo tinha um sabor muito melhor que qualquer sanduíche de café.

Em um momento, me estiquei nas almofadas do convés e deixei o som me levar — gaivotas no céu, risadas de uma criança lá embaixo. Não havia pressa para nada, só talvez para passar mais protetor solar (que eu esqueci). No caminho de volta para Cannes, me peguei desejando que o passeio durasse um pouco mais. Não é só sobre ver lugares, é como se emprestasse a paz de um dia perfeito.