Paris: Aula de Pães e Croissants com Degustação Perto da Notre-Dame

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Como é a experiência?

“Você nunca mais vai olhar para uma baguete do mesmo jeito,” disse nossa guia, sorrindo enquanto tirava farinha do avental. Eu já tinha manchado minha camisa (risco do oficio, pelo visto), mas nem ligava — estava concentrado em sovar a massa e tentando lembrar a diferença entre aquelas farinhas alinhadas no balcão. A cozinha ficava escondida ali atrás da Notre-Dame, com a luz do sol entrando pela janela e o barulho distante das scooters na rua. Éramos só seis pessoas, então parecia mais um encontro na casa de alguém do que uma aula.

Eu achava que sabia como um croissant deveria ser, mas quando começamos a laminar a massa — camada após camada — percebi que nunca tinha prestado atenção de verdade. Nossa padeira (Marie? Ou seria Marion? Sou péssimo com nomes) mostrou como dobrar e enrolar, fazendo um “shh” baixinho sempre que alguém apertava demais. Em um momento, ela me passou um pedaço de massa ainda quentinha da fermentação; tinha um cheiro levemente doce, quase como mel. Rimos da minha tentativa desajeitada de modelar — o meu parecia mais um caracol torto do que qualquer coisa que você veria numa padaria parisiense.

O melhor? Provar tudo enquanto fazíamos. Pão quentinho, bordas crocantes de massa folhada — tem algo especial em comer o que você mesmo preparou que deixa tudo mais gostoso. Marie (vamos ficar com esse nome) contou histórias sobre como cada padaria em Paris tem seus segredos para aquela crosta perfeita. Ela até nos deixou experimentar diferentes fermentos naturais — um deles tinha um cheiro quase frutado, o que me surpreendeu. No fim, minhas mãos estavam pegajosas e a barriga cheia, mas o que ficou mesmo foi uma felicidade tranquila. Ainda lembro daquele primeiro pedaço de pão fresquinho, especialmente nas manhãs chuvosas lá em casa.