Paris: Tour de Bike pela Torre Eiffel, Louvre e Notre-Dame

4.89

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Como é a experiência?

Começamos a pedalar logo depois da delicada estrutura de ferro da Torre Eiffel — nossa guia, Camille, nos chamou para um cantinho perto do carrossel. Nunca tinha andado de bike azul em Paris antes (confesso que estava meio receoso com o trânsito), mas Camille fez parecer que estávamos numa espécie de desfile tranquilo. O ar da manhã trazia um cheiro leve de pão fresco, e alguém passou correndo com uma baguete debaixo do braço — tão clichê que me fez rir. Seguimos pela margem do Sena e tive meu primeiro olhar de verdade para a ponte Alexandre III brilhando ao sol. Não esperava me sentir tão leve assim, para ser sincero.

Na Place de la Concorde, Camille apontou para o obelisco dourado e contou como Marie-Antoinette perdeu a cabeça bem ali. A praça é tão ampla que você quase perde a noção de onde está — só o som das bikes e o toque distante de buzinas quebravam o silêncio. Passamos por ruas onde os parisienses tomavam café em cafés minúsculos; um senhorzinho nos acenou lentamente ao passar. A pausa para o almoço foi na rua Cler, onde peguei um pedaço de queijo que deixou minhas mãos com cheiro de castanha por um bom tempo. Li, do nosso grupo, tentou pedir em francês e arrancou um sorriso divertido do vendedor — me senti menos desajeitado com minhas próprias tentativas.

A melhor parte? Deslizar pelas margens do rio com a Notre-Dame à frente — os sinos não tocavam, mas dava para quase ouvi-los. A cidade parecia mais suave vista de trás do guidão; até o Louvre parecia menos intimidador quando você não está se espremendo na multidão, mas sim passando pela pirâmide de vidro com o vento no rosto. Quando voltamos rumo a Les Invalides, minhas pernas já estavam cansadas, mas minha cabeça cheia de detalhes: o sol refletindo nos paralelepípedos, pedaços de francês que eu meio entendia, as histórias da Camille sobre Van Gogh no Musée d’Orsay (preciso voltar só por isso). É engraçado como quatro horas passam voando aqui.