Rotterdam, Delft e Haia: Passeio de 1 Dia com Madurodam ou Royal Delft

4.78

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Como é a experiência?

A Li, nossa guia, me entregou um stroopwafel bem na saída do Markthal em Rotterdam — ela disse que era o “combustível obrigatório dos holandeses”. Ri, mas aceitei na hora. O lugar estava cheio de vozes que ecoavam sob aqueles tetos pintados de forma tão única. Tinha um cheiro no ar — queijo e pão fresquinho misturados com algo doce que eu não conseguia identificar direito. Passamos pelas Casas Cubo (parecem mesmo um cubo mágico todo torcido) e a Li contou como Rotterdam se reergueu depois da Segunda Guerra. É curioso sentir o antigo e o moderno juntos aqui — como se a história estivesse escondida bem na sua frente.

Delft era mais tranquilo, quase suave. A praça do mercado tinha vários cafés com mesas espalhadas sobre os paralelepípedos, e acabei dividindo uma mesa com um casal mais velho de Utrecht que me deu dicas de onde almoçar sem gastar demais (a sopa estava salgada, mas gostosa). No Royal Delft, se você escolher essa opção em vez do Madurodam, vai ver os artistas pintando à mão aquelas famosas estampas azuis — uma senhora até me deixou tentar dar um pincelada (desastre total, mas ela só sorriu). Se você fizer esse passeio de um dia saindo de Amsterdã para Rotterdam, Delft e Haia, não deixe de conhecer a cerâmica se tiver um pingo de curiosidade por arte.

Haia foi a maior surpresa. Ficamos do lado de fora do Binnenhof, onde os políticos passam pertinho das pessoas comuns — sem cercas ou barreiras grandes. O Palácio da Paz é imponente, mas tem uma calma no ar; até as árvores pareciam mais alinhadas ali. Quando passamos pelo Palácio Noordeinde, a Li apontou um guarda que piscou para ela (ou para a gente? Difícil dizer). Nessa hora meus pés já estavam cansados, mas nem liguei. Às vezes, a gente viaja o dia todo só para ter aquele momento de silêncio e perceber o quanto está longe de casa — e como isso pode ser bom.