Bangalore Centro Histórico: Tour a pé com guia local e histórias únicas

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Como é a experiência?

Já estávamos desviando das barracas de frutas e das primeiras lojinhas de chai quando nossa guia, Priya, sorriu e perguntou se já tínhamos tentado pronunciar “Chamarajendra”. Eu nunca tinha. Ela riu da minha tentativa (justo), e logo apontou como as árvores do Cubbon Park abafam o barulho da cidade — por um instante, só se ouvem os pássaros, não buzinas. O ar tinha cheiro de terra molhada da chuva da noite anterior. Parecia que a cidade ainda estava acordando junto com a gente.

Não esperava me interessar muito por museus, mas dentro da Venkatappa Art Gallery, Priya contou por que uma pintura tinha um pequeno rasgo no canto — ela sobreviveu a uma enchente monçônica há décadas. Isso ficou comigo mais do que qualquer outra informação. Passamos pelo Museu Visvesvaraya (a exposição de robôs era mais barulhenta do que eu imaginava) e entramos num emaranhado de vielas do mercado antigo, onde alguém me ofereceu um pedaço de jaca sem avisar. Mãos grudando, sabor doce — não faço ideia se isso faz parte do roteiro oficial do tour a pé em Bangalore ou se foi sorte.

Os sinos da Catedral de St. Mark ecoavam enquanto atravessávamos o Parque Mahatma Gandhi, e Priya acenou para um senhor varrendo folhas, que respondeu com um aceno como se conhecesse a rotina dela. Aquilo teve um conforto simples. Passamos por prédios históricos que eu jamais teria notado sozinho — um deles tinha janelas azuis desbotadas e um lintel esculpido com datas mais antigas que meus avós. Quando chegamos ao Vidhana Soudha, meus pés já estavam cansados, mas eu não queria que aquele momento acabasse.

Até hoje lembro daquele instante no Cubbon Park, quando o sol atravessou as árvores e tudo ficou verde e silencioso por uns segundos. Não sei se todo tour privado a pé em Bangalore é assim tão pessoal, mas esse foi para mim.