Bangalore: Passeio pelo Mercado KR, Palácio de Tipu Sultan e Artesanato Local

4.98

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Como é a experiência?

Já imaginou como é estar no meio do Mercado KR de Bangalore às 8 da manhã? Eu não achava que flores fossem me interessar tanto, mas o cheiro me atingiu antes mesmo de eu vê-las — jasmim e calêndula por todo lado, misturados com aquele aroma de terra molhada depois da chuva. Nossa guia, Priya, nos chamou para ver um senhor fazendo guirlandas tão rápido que os dedos dele pareciam um borrão. Ela contou que ele faz isso desde criança. Tentei falar algo em kannada (fracassei feio), mas ele só sorriu e me entregou uma flor solta.

Começamos o passeio no Palácio de Verão de Tipu Sultan — por fora parecia menor do que eu imaginava. Mas lá dentro, a madeira estava fresca ao toque e, se você prestasse atenção, dava para ver murais desbotados. Priya contou sobre a paixão de Tipu por bichos-da-seda (quem diria?) e como ele praticamente deu o pontapé inicial na indústria da seda em Bangalore. Teve um momento em que a luz do sol entrou pelas arcadas e iluminou as partículas de poeira — um silêncio estranho para um lugar com uma história tão intensa.

Depois de passar pelo Templo Kote Venkataramana (ainda não consigo pronunciar direito), entramos num restaurantezinho simples para o café da manhã. O dosa estava crocante nas bordas e o chutney tinha um sabor que me acordou mais que o café. Todo mundo ao redor comia com as mãos — ninguém ligava para a bagunça. Alguém na mesa ao lado riu quando tentei dobrar meu dosa do jeito deles. Foi bom não me sentir tão diferente pela primeira vez.

Para fechar, visitamos oficinas escondidas atrás das barracas do mercado — primeiro a tecelagem de seda (o barulho dos teares é hipnotizante) e depois a fabricação de joias. Dá para ver a concentração de cada um; fios de ouro por todo lado, ferramentas pequenas espalhadas nas mesas de madeira. Me fez pensar em quanto talento está por trás de coisas que a gente nem nota em casa. No fim, eu cheirava a flores e massa frita e não conseguia parar de pensar nas guirlandas penduradas por todo lado.